sexta-feira, 13 de junho de 2008

"sleeping village, cockerel's cry"


Já atacado por piratas, actualmente por turistas; exposto, no Inverno, a ventos fortíssimo, tempestades medonhas e ondas que galgando a fortaleza chegam a atingir a torre do farol; cercado de figuras lendárias como o mártir São Vicente, o infante D. Henrique e D. Sebastião: o Cabo de São Vicente, por si, já guarda grandes surpresas. Localizado na freguesia de Sagres, concelho de Vila do Bispo e situado no extremo sudoeste de Portugal continental, é local de culto desde o Neolítico, comprovado pela existência de importantes núcleos de menires e relatos de autores gregos do século IV a.C. de cerimónias religiosas, sendo, naquela época, proibida a presença de seres humanos durante a noite porque acreditava ser um local frequentado pelos deuses. No período em que os fenícios tiveram feitorias no Algarve, tem-se como certa a existência de um santuário dedicado às divindades solares de Hercules-Melcart, enquanto em Sagres existia um outro sob a invocação de Cronos-Saturno-Baal. Já para os romanos, toda área fazia parte do Promontorium Sacrum (de onde derivou o nome de Sagres), ponto extremo do ocidente, onde o Sol, no seu ocaso, fazia ferver as águas do oceano.


Sagres guarda esta atmosfera mítica e a beleza de seu litoral e evoca a aura dos Descobrimentos e a figura do Infante D. Henrique, o Navegador. Desde um passeio pela Fortaleza que fica no Cabo de Sagres, que guarda um Farolim, e o som das ondas a gritar das furnas. Até a paisagem da Costa Vicentina e as praias para quem curte surf, tudo é um convite a um passeio. E para completar, comer mariscos num dos pequeninos restaurantes de Vila do Bispo e caminhar pelo centro histórico desta vila encantada e sua Igreja Matriz.

E neste verão não perca o "Algarve Jazz", na primeira quinzena de Julho. Trata-se de um festival de jazz em toda a região que estará em recebendo em 06 de Julho os portugueses Mário Laginha e Maria João na Fortaleza de Sagres.

Para saber mais sobre o Farol do Cabo de São Vicente: Faróis Visto Por Fora

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Vila do Bispo: Kyry Kyry Island's

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

"no lindo lago de amor"


O pequeno Farol da Ponta da Piedade guarda uma bela vista, mas não a calmaria. É que este farol se encontra em ponto de rota turística pelas falésias de Lagos, freguesia de Faro, o que é comprovado por um café situado logo ao lado e uma loja de lembrancinhas. Um bom passeio ao redor é feito, mas algumas vezes com o incómodo de pessoas a andarem apressadas antes que saia o autocarro. Fora isso, nada parece destruir uma das mais belas paisagens algarvias com as formas das falésias, esculpida pelo mar e pelo tempo formando um cenário edílico recortado pelo azul esverdeado do oceano Atlântico.

A cidade de Lagos vale uma visita a pé ao seu comércio alternativo aos centros comerciais circundado pelos muros do Castelo dos Governadores que conserva pouco da sua construção inicial, tendo sofrido muitas alterações ao longo do tempo. Na Praça do Infante, onde uma estátua fixa o mar numa calçada trabalhada em ondas azuis, a Igreja de Santa Maria vira a sua fachada à esplanada. Também pode se apreciar a fachada do Armazém Regimental e o Mercado dos Escravos, espaços actualmente utilizados para exposições de arte. À direita, a rua que leva a uma das zonas mais antigas da cidade.


Como o verão é época de praia, aproveite para um passeio de barco para admirar as famosas falésias. Ou se preferir as areias, convido-lhe a conhecer a praia Dona Ana, turística, ou Boneca, pequenina, e fará o mesmo em terra. Entre 14 de Junho e 7 de Setembro, Lagos é um dos municípios que receberá o Programa ALLGARVE 08 Arte Contemporânea (os outros são Faro, Lagoa, Loulé, Portimão e Albufeira) que inclui sete exposições e envolvem 59 artistas portugueses e estrangeiros. No Centro Cultural de Lagos está prevista a exposição Mundos Locais: Espaços, Visibilidades e Fluxos Transculturais.

Para saber mais sobre o Farol da Ponta da Piedade: Faróis Visto Por Fora

Para saber mais sobre o Programa ALLGARVE 08 Arte Contemporânea: Turismo de Portugal

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Lagos: Richard Elliott

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

"my summer wine is really made from all these things"


Seguindo o nosso "especial" para visitas aos faróis do Algarve. Primeiro clarificaremos o que é um farol, e apresentaremos o Farol da Ponta do Altar que fica próxima da freguesia de Ferraguda e com vista a Portimão.

O Farol é uma torre dotada modernamente de um holofote potente, cujo facho de luz é visível a largos quilómetros para ajudar a navegação. Utilizados desde a antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompam pelo mar adentro. Atualmente com os modernos sistemas de satélite, parece cada vez menos necessário os faróis, apesar deles serem muito utilizados e utéis, mas até quando ele funcionará, passado a ser apenas um edifício arquitectónico diferente, só o tempo nos poderá dizer.

Se falássemos de vista, a Ponta do Altar já tinha alguns pontos em frente aos outros faróis. Com falésias a formar enormes grutas, plantas bem adaptadas aos ventos constantes e zona de protecção especial para aves, principalmente colónias de corvos-marinhos, garças-boeiras e garças-brancas: tudo isso, já valia uma visita a esta área. Além disso, tem uma bela vista da praia da Rocha, Portimão e um farol diferente da maioria dos faróis portugueses. Uma pequena casa, é um daqueles faróis que certamente se confunde com um lar, sem o ser. Infelizmente, uma torre que controla o tráfego marítimo enfeia a vista do farol, mas lá, nada impede que se aprecie a vista.


Aproveite a visita e visite a calma vila de Ferragudo com seus restaurantes, sua pitoresca tranquilidade e seu catelo S. João de Arade. Em Portimão, cidade que fica do outro lado do Rio, aproveite para aproveitar os diversos eventos que estão a acontecer durante o verão. Durante o mês de Junho, por exemplo, estará acontecendo as festas dos santos populares sempre pelas 22:00 horas, nos dias 15, 21, 28 e 29, na zona ribeirinha de Portimão, na Mexilhoeira Grande, na zona ribeirinha de Alvor e na Praia da Rocha, respectivamente. Já em Agosto, acontece todos os anos o Festival da Sardinha na zona Ribeirinha de Portimão. Uma última dica, já que verão rima com praia, pode escolher entre a famosa praia da Rocha, ou quem prefere tranquilidade, a praia de Alvor.

Para saber mais sobre o Farol da Ponta do Altar: Faróis Visto de Fora

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Ferragudo: José Manuel

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terça-feira, 10 de junho de 2008

"the edge of a dream all seems so real"



Comecemos nosso passeio pelos faróis do Algarve, neste segundo post, vamos conhecer um pouco do Farol de Alfanzina e da vila de Carvoeiro. Antes, expliquemos a constituição dum farol, que tem quatro elementos principais: um pedestal de tamanho variável, que é uma torre situada num promontório (falésia, elevação), construído em pedra, metal ou madeira; uma lâmpada que emite luz; um sistema óptico que reflecte essa luz até ao horizonte e uma lanterna, que protege a lâmpada e a óptica das intempéries.

Calmo, placidamente sob o mar do Algarve, este farol não é o mais bonito, nem o mais importante, ou mesmo o primeiro em qualquer coisa, mas é aquele que, de não encontrar, inventou a nós uma idéia, a de conhecer todos os faróis de Portugal. Da primeira vez, só vimos a sua luz a nos indicar. Somente numa segunda vez, de mapa na mão, o encontramos. É, ele não é muito sinalizado, mas sem dúvida nenhuma essa é até uma vantagem. Não o dividimos com muitos visitantes que sempre estão comumente ao redor dos faróis, e sempre apreciamos uma linda vista do mar e da costa do Algarve.

carvoeiro
O Farol de Alfanzina fica em Carvoeiro, na freguesia de Lagoa. Se o Farol, pequenino, rodeado pela vegetação rasteira próxima das falésias, não vale a visita, o espectáculo visual que é a rendilhada costa do Carvoeiro, onde as suas bizarras formações rochosas escondem dezenas de grutas e outras tantas praias desertas de acesso impossível certamente vale. Encravada perto dali está a simpática vila de pescadores do Carvoeiro, que, desde há uns anos, se transformou numa verdadeira atracção turística.

A povoação, muito branca e luminosa, dispôs-se em anfiteatro nas arribas circundantes, aliado aos coloridos barcos dos pescadores que partilham o areal com os banhistas, a primeira sugestão são os caminhos pedonais e miradouros existentes no topo das arribas oferecem oportunidades de passeio e magníficas vistas sobre o oceano. Outra dica fudamental é visitar as praias ao redor do farol e pela freguesia, eu recomendo a praia do Carvalho, próxima do farol, e a dos Caneiros. A última dica, se estiver no município durante o mês de Agosto, entre os dias 22 e 31, é visitar a Fatacil, a 29ª edição de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria, a maior feira e mais popular "feira" região.

Para saber mais sobre o Farol de Alfanzina e onde fica: Faróis Visto por Fora.

Foto Farol: Dulce Nascimento
Foto Carvoeiro: Hans-Peter Merten

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

"there is a lighthouse five hundred yards down"



Não sei quando me apaixonei por faróis. O mais provável tenha sido que a paixão dum "outro" tenha contaminado a mim. E eu até já perguntei a este "outro" qual o motivo, mas ele não sabia, e eu fiquei a imaginar o meu motivo apenas. Talvez pela idéia de guia, não apenas da navegação, mas aquele que, indica os perigos e acidentes num percurso turbulento que é o mar e nos conduz com segurança até o objectivo. Seja por esta idéia, ou apenas pela beleza arquitectónica, esta semana este blog vai fazer um guia para quem quer conhecer os faróis do algarve português.

Começamos pela ponta mais distante do Sotavento, já na divisa com a Espanha, o Farol de Vila Real de Santo António não fica precisamente à beira-mar. Antes, é separado de seu amigo íntimo por uma mata de pinheiros que o rodeia. Ali, numa rua, passaria por uma grande vivenda, com seu cão de guarda a porta, se não fosse a grande torre, só isso denuncia este farol de bela arquitectura. E ali, junto aos pinheiros, perto do rio Guadiana, ilumina mesmo a distância a praia, de vastos areais e mar aparentemente calmo, de Santo António.

Vila Real de Santo António foi fundada em 1774, por ordem do Marquês de Pombal, a cidade foi construída em menos de dois anos sobre o areal junto à foz do Guadiana. O objectivo era o de controlar o comércio neste importante ponto de fronteira e desenvolver as pescas, que mais tarde fariam surgir a industria conserveira. Hoje é uma cidade virada para o comércio e turismo, tendo o privilégio de se encontrar na foz do Guadiana (que a limita a nascente), junto à praia (limite sul), ao pinhal (a poente) e à Reserva Natural do Sapal (a norte).

Depois de conhecer o farol, sugiro três passeios para completar o dia. O primeiro é uma volta pela Zona Histórica Pombalina. O traçado geométrico do urbanismo pombalino que fez nascer a cidade, constitui, hoje, a sua principal área comercial. As ruas confluem para a Praça Marquês de Pombal, com um obelisco central e quatro torreões pombalinos a marcar-lhe os vértices, onde se encontram os edifícios da Câmara Municipal e da Igreja Matriz. Outra dica é conhecer a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação, construída no séc. XVIII, que tem um bom conjunto de imagens do séc. XVIII, com destaque para Nossa Senhora da Encarnação, da autoria do escultor Machado de Castro. Os vitrais da capela-mor e do baptistério, instalados na década de 40, são da autoria do pintor algarvio Joaquim Rebocho. Para aproveitar o dia, a apenas 3 Km de Vila Real, visite a antiga vila de pescadores de Monte Gordo, situada entre um vasto pinhal e o mar foi pioneira na exploração turística no Algarve, com a construção de um dos primeiros hotéis da região nos anos 60. Com uma extensa e bela praia, um clima ameno e várias zonas pedonais, em calçada portuguesa, Monte Gordo é um dos principais destinos turísticos do Algarve.

Durante os dias 13 e 22 de Junho, aproveite na cidade o II Memorial Gastronómico de Vila Real de Santo António que estará em catorze restaurantes do centro. O evento consiste na recuperação e valorização da gastronomia típica local, apostando na diferenciação e valorização da gastronomia como componente atractiva da oferta económica da cidade.

Para saber mais sobre o Farol de Vila Real de Santo António e onde fica: Faróis Visto Por Fora

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terça-feira, 3 de junho de 2008

"he’s tried to make me go to rehab"



O show de Amy Winehouse no Rock in Rio Lisboa foi decepcionante e algumas publicações disseram que o futuro da cantora é incerto. Com problema da voz, a cantora entrou uma hora atrasada, se desculpando e admitindo que deveria ter cancelado o show considerado morno, ainda mais considerando que ela foi um sanduiche entra a popular-levanta-garotada Ivete Sangalo e o mister-big-show-guitarrista Lenny Kravitz. Não voltou ao palco para o bis. Como cantora, duvido que esteja acabada, eu não sei se ela consegue é viver um ano mais assim, a mulher tá num estado lastimável.



Enquanto a cantora parece não sair do buraco, fãs esperam salvá-la. A atriz brasileira Giselle Itié , por exemplo, fã da cantora inglesa, decidiu estar na pele dela em um ensaio assinado por Hanna Jatobá (foto acima) publicado pela Trip de Maio. Ao lado do DJ Felipe Solari, que encarnou o marido de Amy, Blake Fielder-Civil , a atriz fotografou nas ruas de São Paulo. O projeto, batizado de “Save Amy”, cresceu e vai virar uma exposição, que será lançada na próxima hoje em São Paulo. Giselle Itié abraçou a causa e propõe um questionamento maior sobre os limites do prazer e o abuso de drogas. Itié não se acha parecida com a cantora, mas algumas fotos impressionam.

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

"and crash the cemetery gates"



Os cemitérios têm perdido seu inegável negativismo para ser um espaço para admirar a arte das suas esculturas, conhecer a história e descobrir a beleza dos seus espaços, aliadas às ilustres personalidades intramuros e as preciosidades arquitectónicas. Em Paris, três cemitérios que estão entre os mais famosos do mundo: o Père-Lachaise, o Montparnasse e Montmartre. No primeiro, podemos encontrar, espiritualmente, Marcel Proust, Maria Callas, Jim Morrison, Balzac, Oscar Wilde e o próprio Allan Kardec. Já Baudelaire, Trauffaut, Simone de Bouvoir e Sartre, preferiram a quietude do Montaparnasse.

Agora, um monumento que visitávamos pela sua complexa arquitetura feita nos antigos tempo, não é nada mais que um cemitério. O Stonehenge, um monumento megalítico da Idade do Bronze, "foi utilizado como cemitério desde a sua construção até ao seu abandono final, por volta de meados do terceiro milénio a.C.. Os restos de cremações da época em que Stonehenge foi construído são apenas parte do que foi encontrado e pertenceriam a este período tardio demonstrando que este local foi um sítio reservado aos mortos muito mais tempo do que aquele que julgávamos”, comenta Parker Pearson, que liderou, com a National Geographic, o chamado Stonehenge Riverside Archeological Project.

Contudo, as "celebridades" encontradas neste "cemitério" correspondem a uma única família pertencente à elite da época e seus descendentes, naquilo que poderia constituir uma autêntica linha dinástica, segundo a opinião de Andrew Chamberlain, colega de Parker Pearson na Universidade de Sheffield e perito em demografia da antiguidade. Um dos indícios que Chamberlain aponta é o contraste entre o pequeno número de enterramentos das primeiras fases da jazida e o aumento considerável dos mesmos nos séculos seguintes, o que significaria um natural aumento da descendência. Outro dos elementos que sustentam esta teoria é o carácter monumental da jazida. Nas palavras de Parker Parson “é muito difícil pensar que as pessoas comuns fossem enterradas em Stonehenge. Pelo contrário, tudo aponta para a existência de uma elite. Assim, os chefes de uma tribo do Neolítico não só seriam os responsáveis por erigir o monumento como teriam inclusivamente sido enterrados ali”.

Um belo lugar para descansar. Por que depois da morte, mesmo assim, no fim, nos colocam nestes lugares de grande e inspirada beleza, como o Cemitério do Père Lachaise ou, o recentemente descoberto cemitério, o monumento Stonehenge? Por que o ser humano, no seu fim, precisa descansar em paz e beleza? Digo nós, imaginando-nos reis ou grandes celebridades da cultura mundial. O resto de nós, mortais, nos contentamos com um lugarzinho espremido no cemitério do Caju se tiver espaço, ou, então, não morrer, levando em conta a falta de sepulturas aqui no algarve português.

Para Ler sobre "Arte, História, Turismo e Lazer Nos Cemitérios Da Cidade de São Paulo".
Para Ler Mais sobre Novas Descobertas no Stonehenge em Ciência Hoje.

Foto: Grant Faint

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