quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

perceber ou não perceber: eis a questão


Há muito tempo eu desisti de tentar entender as notícias portuguesas. Agora com o caso do Freeport, onde a polícia inglesa investiga o sumiço de quatro milhões de euros na construção que, presupõem-se, foram parar nas mãos de alguém, e alguns suspeitam do Primeiro Ministro José Socrátes - na época Ministro do Ambiente que teria aprovado o projecto depois de receber algum -, eu tenho mais certeza porque eu passei a falar de alguém que sei, o mundo do entretenimento.

As notícias em Portugal é entretenimento puro; pelo menos a mim me parece. Nada de provas são apresentadas, apenas entrevistas que nada dizem e apenas suposições publicadas em outro jornal ou em outra televisão. A mim, parece-me o mesmo que fazem as revistas cor-de-rosa, provas baseadas em fotos que nem parece com o suposto retratado.

Não digo aqui, até porque eu nem consegui entender muito bem o que dizem as notícias, que o PM é ou não inocente. Eu só entendo que qualquer canal tem publicado a notícia na abertura do tele-jornal, depois fala das novas não-evidências não descobertas a cada ida a publicidade, para lá no meio falar da não-evidência e no fim do tele-jornal, o âncora, completa com a não-descoberta do caso.

Cadê as evidências? Onde está o trabalho de investigação? Então, para onde anda o telejornalismo português?


Para saber sobre o caso Freeport:
cheiro a pólvora
teatro anatômico
trix nitrix

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

a crise e o rato


Na linguagem popular diz-se, "azar de uns, sorte de poucos". Nada parece mais claro para definir a vida em tempos de crise. Eu que sempre fui poupadinha, não tive sorte, mas não tive azar.

Portando, se antes eu só almoçava fora durante a semana uma vez, se muito, continuo a fazer o mesmo. Todos os dias levo a minha comidinha que sobrou, fria, feita em casa para o trabalho e será requentada lá e comida lá. Nada mudou para mim neste aspecto. Porém, entre minhas colegas venho notando uma grande afluência, reparada na maior espera diante do microondas. Se antes comiam fora, agora a cozinha requentada virou amiga diária de umas quantas.

Pois bem, azar delas, sorte dos ratos que até então não sobreviviam naquela cozinha. Como a limpeza não melhorou apesar do grande uso, cada vez os ratinhos aparecem mais, e mais gordos. E ninguém, para variar, tomou alguma providência.

Dia destes, quando fui buscar meu saco de papel onde guardo a "marmita" antes de ir embora, dou com o som do bicho enquanto eu passeava às escuras. "Oh, que nojo!" Ainda mais que o senti passeando por outras sacolas. Saí a correr, entrei no carro e caminhei apenas com a sensação ruim de ter estado no mesmo sítio que aquele bicho asqueroso.

Quando dou por mim, já a dirigir, depois de entrado na estrada, o saco se mexe. "Ah!", um berro. "Eu trouxe o bicho comigo!". Só não parei o carro ali mesmo porque era proibido. Na próxima saída retirei-me da estrada, mesmo com o saco voltando a inércia. Procurava no silêncio, ouvir quietamente qualquer barulho do bicho, mas nada.

No primeiro lugar adequado saio do carro. Pela outra porta, tiro o saco e jogo-o longe, na tentativa, senão, matá-lo, pelo menos deixá-lo meio tonto. Nada sai do saco. Quietamente, abro a ponta e não vejo nada, além dos talheres e do "tupperware". Viro-o para chão. De lá, nada de bicho, mas meu telemóvel que, a qualquer chamada, vibrava.

Moral da história? Esta coisa de crise pode até ser sorte do rato, mas certamente deixa nós humanos um bocado paranóicos.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

pequeno manual para turistas sobre portimão


Portimão é aquelas cidades médias com o charme duma cidade pequena, e a agitação turística dum local à beira-mar. Espécie de Búzios da costa algarvia, alia a cidade pesqueira e o cheiro de sardinhas nas ruas, com o melhor do tráfico de verão na mais conhecida Praia da Rocha. Hoje, esta ganha concorrência com a pequenina Praia dos Três Irmãos, que ganha adeptos nos turistas que vem para descansar.




Não, Portimão não é cidade para visitar museus, apesar de ter um aberto recentemente. Existem umas quantas construções interessantes para ver, tais como a Fortaleza de Santa Catarina, na praia da Rocha. De resto, o ideal é apreciar as praias, os restaurantes e as festas que o verão traz a cidade. Porque sim, o restante do ano a cidade costuma se não hibernar - apenas entrar na normalidade de ser cosmopolita sem o querer.

A noite da praia da Rocha é extremamente conhecida, mas se quiser apreciar a pequenês, o ideal é visitar a vila de Alvor, cheia de ingleses de noite de pubs, restaurantes e caipirinhas - sim, aqui você também bebe uma boa caipirinha. Para esquentar nas noites de inverno.


Ver mapa maior

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

tempo de inverno



Sim, o inverno parece mais gelado segundo as notícias, gélido até, em palavras como crise, dificuldades, desgraça, retração, desemprego, deflação. Contudo, o inverno continua como sempre imprevisível. Pareceu-me ainda em dezembro do ano passado que chegará com força cedo demais. Então, fomos brindados com um inverno ameno no réveillon. Hoje digo que o inverno no Algarve está confuso. Numa hora chove, na outra abre o sol. Numa hora faz frio, na outra faz um calorzinho que chegou ontem aos 25º. Loucura de inverno. Inverno é só uma estação perfeita para quem gosta de friozinho e neve, mas aqui não faz nem uma coisa nem outra.

Este inverno também chegou com um surto de gripe. Parece que todos vão para a caminha com sua gripizinha. Eu ainda não peguei, sou saudável de mais. Mas ando espalhando paracetamol com cházinho e sopinha quente no jantar, para apaziguar estômagos e temperturas. Receita de mãezinha que deve está curtindo o calorzinho de um verão que costuma ser impiedoso. Por aqui, eu aproveito o inverno algarvio que é ameno comparado ao resto do país. E depois das festas, vazio. Todo mundo voltou para onde veio. E eu, continuo cá, apreciando paisagens invernais não tão invernais assim.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

ferragudo, em noite de revéillon

Neste ano novo eu quero a paz de descobrir que apesar da minha nacionalidade - esta coisa não definidora que todos insistem em definir - eu possa ser mais que a minha nacionalidade. Não é que eu não goste dela, o problema é todo mundo me definir por um modelo antiquado de brasileiro que tem na cabeça. Somos o macaquinhos sem preocupações para alegrar o globo, pelo menos é o que alguns acham. E que gosta de toda a porcaria que a axé music produziu. Não mereço.


E este ano entrei em paz com a pessoa que mais amo - ou pelo menos uma das - sem grandes multidões, a ouvir o bater das ondas com uma brisa quieta e sem frio no rosto. Ferragudo, linda vila pela noite escura, sem nenhuma sombra de dúvida. Como será o ano de 2009? Espero, que para todos, seja um muito bom ano.

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