o museu histórico nacional no calabouço antigo
Caminhando da Rio Branco até o fim da rua Santa Luzia, encontramos o ponto da cidade conhecido no passado como Ponta do Calabouço. A ponta do Calabouço avançava entre as praias de Santa Luzia e Piaçava. Por ter sido considerada uma área estratégica para a defesa da cidade, foi construída em 1567 a Batalha de Santiago por ordem de Mem de Sá. A construção foi ampliada em 1603 para se tornar o Forte de Santiago.
A região passou a ser conhecida pelo nome Ponta do Calabouço a partir de 1693 quando o Forte veio servir também de calabouço, prisão para castigar escravos, por ordem do Vice-Rei D. Luis de Vasconcelos em comprimento a duas cartas régias de março de 1688.
Em 1762, o Conde de Bobadela manda construir a Casa do Trem, destinada à guarda dos armamentos, ao lado do Forte de Santiago. Quando o Rio de Janeiro se transforma em capital do Brasil, foi construído, em 1764, junto à Casa do Trem, o Arsenal de Guerra, destinado ao reparo de armas e fabricação munições.
Nesta área, em agosto de 1922, por decreto do Presidente Epitácio Pessoa, foi criada o Museu Histórico Nacional que utilizou duas salas da Casa do Trem para a exposição em comemoração do Centenário da Independência, neste mesmo ano. Ao longo do tempo, o museu ocupou gradativamente todo o conjunto arquitetônico da Ponta do Calabouço.
O Museu Histórico Nacional abrigou o primeiro curso de museologia do país e serviu, também, como ponto de partida para a constituição de importantes museus brasileiros, passando a ser conhecido internacionalmente na década de 40.
O Museu Histórico Nacional (MHN) é um dos mais importantes museus do Brasil, reunindo um acervo de mais de 287.000 itens, entre os quais a maior coleção de numismática da América Latina.
Nesta foto de 1983, vista parcial do conjunto do Museu, a antiga Ponta do Calabouço, destacando-se a Casa do Trem. A restauração da década de 70 procurou devolver os traços originais das edificações, eliminando os elementos neo-coloniais e voltando à cor branca.
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