sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

a grande maçã no seu corre-corre

nycity
Nova Iorque se apresentou num dia berrante de sol e na companhia de sete companhias quase histéricas. Eu mesmo posso dizer que estava histérica naquele dia. Sozinha, pelo menos literalmente, andei pela cidade quase como s´eu não fosse eu mesma, com um medo de tocar e de sentir que não era meu. Verdade seja dita, NY era uma das poucas cidades que tinha interesse em conhecer nos Estados Unidos. E posso dizer, que é a única que ainda vou revisitar. Foram cinco dias entre palestras e escapadas para ver A cidade. Não me decepcionou em momento nenhum. Para amantes de grandes aglomerações, grandes cidades, como eu, é the best.

Na cidade a melhor impressão talvez foi do Central Park, não apenas de tê-la visto tantas vezes no cinema, mas como fui a New York num workshop ultra-rápido, passei imenso tempo entre paredes. O Central Park ficava ali do lado do hotel, e entre nas paradas para um descanso aproveitava o sol escaldante que fazia para me refrescar entre sorvetes e pequenas caminhadas digestivas. O certo é que os nova-iorquinos se recuperaram do 11 de Setembro, e aceitaram a vulnerabilidade, sem deixar de lado o seu modo frenético, reinventando-se a cada segundo e saboreando os prazeres da sua cidade.

empire state buildingClaro que uma visita a Nova Iorque não podemos deixar de lado seus arranhas-céus, e eu, sem querer ver o Ground Zero, fui observar a cidade lá de cima no Empire State Building. Este edifício foi o mais alto da cidade durante muitos anos, com seus 102 andares. Hoje tem a vista e a aura mais romântica dos prédios de NY (quem não viu Sintonia do Amor com Meg Ryan e Tom Hanks). Confesso que diante da fila que tira qualquer romantismo de filme hollywoodiano para o chinelo, para matar o tempo resta conhecer gente do mundo inteiro.

Quem visita Nova Iorque tem que se acostumar com a sensação é de déjà vu. Por onde quer que andemos, tudo nos parece familiar, os táxis amarelos, os edifícios, as ruas, os edifícios... O certo é que já conhecemos quase ao pormenor alguns dos bairros, das cores, dos hábitos e dos movimentos da cidade, tantos foram os filmes aqui rodados. Um destes lugares é o Times Square, quando olhamos apesar desta sensação, o olhar automaticamente se dirige para cima em direção às luzes e aos cartazes coloridos que nos transporta para um filme de ficção científica. Edifícios altíssimos, cartazes e néons que iluminam a noite escura, várias músicas de fundo, uma sirene pelo meio...

central parkPara quem gosta de compras, a Quinta Avenida, ou se preferir, Fifth Avenue é um deles. Muito pouco original como sugestão de passeio, mas absolutamente obrigatória os consumistas. Foi aqui que o milionário William Henry Vanderbilt construiu a sua mansão em 1883, seguido por famílias poderosas como os Astor ou os Gould. E foi também aqui que casas como a Cartier e a lendária Tiffany, a Gucci, a Fendi, a Prada, os armazéns Sak's Fifth Avenue, o chiquérrimo Bergdorf Goodman e as mais populares (e baratas) Banana Republic e Gap estabeleceram os seus quartéis generais. E porque símbolos do poder não faltam na principal das avenidas, vai deparar-se com a cintilante Trump Tower, mandada construir pelo magnata Donald Trump nos anos 80 e com o Hotel Plaza, também ele um ícone do luxo ostentador.

brooklyn bridgePara quem gosta apenas por passear, as regiões de Manhattan são um paraíso para se conhecer, do esp+irito descontraído do Village, passando pelo chique Soho, entrando pelo Chinatown, a maior cidade chinesa no Ocidente, que esmaga a vizinha Little Italy e o bairro judeu de Lower East Side.

Não muito longe no South Sea Port District, avistamos Manhattan no seu esplendor, e a mais antiga e famosa ponte de NY (num total de dezesseis), a Brooklyn Bridge foi inaugurada em 1883. Aproveite para um passeio ao Brooklyn Promenade para a mais clássica fotografia de Manhattan.

Para correr, sem deixar de conhecer. Para andar e falar. Para escutar tantas línguas quanto as que há no mundo. Ou paenas para comprar, para ver e ser visto. NY, a cidade da agitação e da mudança frenética.

Estadia: Eu fui e gostei do West Side YMCA, Hostel (albergue) que fica na West 63 street, bem ao lado do Central Park, do Lincoln Center e o Museu de História Natural. Tem resturante, piscina interior e é ótimo para praticar esportes. O preço mais barato fica em 38 dólares, pelo quarto duplo (cada pessoa).

Para maiores informações sobre NY:
Leia a Rotas e Destinos de Dezembro de 2002.
Visite o site Nova York em português com informações, fotos e blogs.
Para se localizar nos Estados Unidos.

Blog sobre NY:
Caderno Vermelho: blog de Susana Sousa sobre NY.
Edu do Brooklyn: blog de Eduardo Graça sobre NY.

Se você tem um blog sobre Nova Iorque e quiser colocar seu link neste post, deixe um comentário.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

1979 - 2008


Overdose, suicídio ou homicídio? Parece irrelevante neste momento, certo é que a noite em Nova Iorque foi mais triste e que Hollywood perdeu um dos seus rebeldes.

O ator Heather Ledger ator de filmes como Brokeback Mountain, Casanova, Os Irmãos Grimm e o último Batman, com estréia prevista para este verão, foi encontrado morto no apartamento em que vivia em Manhattan, nos EUA. O corpo do australiano Heath Ledger vai passar por um exame de autópsia nesta quarta-feira, para confirmar se a causa da morte do ator foi mesmo overdose. A polícia passou a desconfiar depois de achar pílulas calmantes perto de sua cama. Ledger estava nu, no chão, ao pé da cama, quando a empregada entrou para acordá-lo: ele tinha hora marcada com uma massagista.


De acordo com o site “US magazine”, amigos de Ledger já previam que o fim do ator estava próximo. “É terrível, estou chocado, mas, para dizer a verdade, sabia que isso aconteceria”, disse ao site um amigo próximo de Ledger que não quis se identificar. “Heath enfrentava um caminho difícil na tentativa de ficar sóbrio”, afirmou outra fonte do site. “A situação estava negra, sua única alegria era Matilda”, disse, referindo-se à filha de dois anos do ator com a atriz Michelle Williams.

Já a família afirmou hoje que sua morte foi acidental. "Nós, a família de Heath, confirmamos a morte trágica acidental de nosso amado filho, irmão e carinhoso pai de Matilda", disse o pai do ator, Kim Ledger.

Para ver vídeo da Reuters:


Fontes:
Globo Online
G1
Reuters

Maiores informações:
WWTDD
TMZ, Aol

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

o vídeo clip



O novo clip da música "Jigsaw Falling Into Place" do mais recente álbum do Radiohead, para ver e/ou ouvir.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

para carioca e gringo visitarem


Está no site do New York Times uma crítica de um dos lugares mais charmosos de Santa Teresa, Rio de Janeiro: o Museu Chácara do Céu.

A casa de Santa Teresa, conhecida desde 1876 como Chácara do Céu, foi herdada por Castro Maya em 1936. A construção atual, projetada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, destaca-se pela modernidade das soluções arquitetônicas e por sua localização, que integra os jardins e permite magnífica vista de 360 graus sobre a cidade e a baía da Guanabara.

Com seu charmoso jardim e três andares cheio de arte e mobília, este museu parece a casa de alguém. E de facto, é. A moderna estrutura é a casa do industrial Raymundo Ottoni de Castro Maya, que é um ávido colecionador de arte brasileira, européia e asiática. Igualmente fascinante é sua impressiva biblioteca de livros em português antigo e títulos franceses.

A mansão de Raymundo Castro Maya construída em Santa Teresa só revela o eclético gosto do seu dono com suas porcelanas, pinturas e esculturas. A casa, ela mesma, é um charmo com sua estrutura que evoca o trabalho de Frank Lloyd Wright no oeste americano. A vista do jardim é fabuloso. E o museu tem aquele estilo aconchegante duma casa, muito rica, com suas pinturas impressionistas e seus vasos chineses.

Lembro dela em sessões de fotografia, a descoberta dos seus pequenos mistérios guardadas em slides. Quem estiver no Rio, o Museu Chácara do Céu fica na Rua Murtinho Nobre 93, em Santa Teresa. O preço da entrada é dois reais (0,85$) e crianças menores de doze anos não pagam.

Museu Chácara do Céu

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

o woody allen do ano


Não é Match Point, mas também não é o elo mais fraco do trio de filmes britânicos. "O sonho de Cassandra" fala do destino, da vida que leva, e é dramaticamente negro. Nada de excepcional, mas nada mal...

Ao contrário de "Match point" e "Scoop", onde personagens e actores americanos se integravam na narrativa, "O sonho de Cassandra" é um filme exclusivamente britânico na sua concepção, ancorando-se agora num mundo com bem menos glamour, o das classes trabalhadoras e do submundo.

A narrativa centra-se em dois irmãos, oriundos de uma família séria e com problemas financeiros permanentes, e que são levados para um mundo criminal, quando se cruzam com uma jovem que descobre o seu poder sobre o sexo oposto.

Podendo classificar-se na categoria dos filmes mais "sérios" de Woody Allen, "O sonho de Cassandra" encontra paralelos em outras obras do realizador e não perde o sentido de humor, sobretudo quando as personagens se vêem confrontadas com um mundo a que não pertencem. No fundo, Allen acaba por percorrer um caminho coerente na sua passagem por Inglaterra, acentuando nesta obra, mais do que qualquer efeito de slapstick, uma digressão moral que o homem por detrás do artista, já nos 70 anos, não pode deixar de equacionar.

Fonte: Jornal de Notícias

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

a encrenqueira do soul e voz de 2007


Amy Winehouse: a voz de 2007, sem dúvida, é a diva mais inesperada da nova soul. Destrói a candura das «girls-groups» dos anos 60 quando canta.

Os cabelos pretos, cheios de ondas vivas, passam longe do estilo louro-e-domesticado da maioria das cantoras jovens, e o visual é um mix original da moda anos 60 com os acessórios dourados dos rappers e dos "chavs" ingleses. Infelizmente, a cantora corporosa tem dado espaço a uma anoréxica, mas vamos falar então da voz e não dos problemas de amy winehouse.



As músicas revelam os traços de uma mulher geniosa, sincera, cool e divertida, capaz de rir da estupidez alheia e de suas próprias burradas, de confessar seus vícios e de contar como chorou largada no chão da cozinha por causa de um romance fracassado.

Depois de tudo isso, fica difícil não se apaixonar por Amy Winehouse. Se a descrição não for convincente, basta apertar o play em "Back to Black", segundo CD da cantora da mais recente safra de talentos britânicos, para reconhecer suas qualidades nada ordinárias.

Em Back to black, que tem apenas composições dela própria (algumas em parceria), Amy revisita o som de girl-groups como Martha Reeves & The Vandellas, Supremes e Shangri-Las (esse, com direito a agradecimento no encarte) em faixas como "Tears dry in their own" e no primeiro hit, "Rehab". Esta, por sinal, é barra pesada - a letra - cujo título, em bom português, é "reabilitação" - trata dos problemas da cantora com o álcool, já conhecidos publicamente ("eu e a bebida temos uma relação bem intensa, de amor e ódio", confessou ela com exclusividade para um jornal brasileiro, recentemente). Músicas como "You know I'm no good" e "Love is a losing game" poderiam ter saído da mão de um Otis Redding e estar no repertório de uma Aretha Franklin - o que não é motivo para ninguém sair endeusando a moça (como diz o ditado: notícias, sucessos pop, salsichas, mariola... se for consumir, melhor não ver como nada disso foi feito). Nas letras, Amy larga qualquer condição de musa soul que o mercado poderia lhe impor e vem com uma carga pesada - problemas existenciais, relacionamentos complicados, etc.

Quem quiser dar uma sacada no som de Amy antes de comprar ou baixar o CD, vale informar que ela tem um MySpace - oficial, com direito a endereço na contra-capa do disco e tudo. Fica em www.myspace.com/amywinehouse. Por sinal, resta saber qual lado vai aparecer cada vez mais na mídia, se o de cantora/compositora inspirada e belíssima fisicamente, ou o de encrenqueira bebum - os tablóides ingleses, que já andam em polvorosa por causa das doideiras de Britney Spears, já andam explorando as brigas de Amy com outras artistas e suas declarações sobre bebidas e drogas.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

e a potência brasileira nasceu...


"Naquela manhã quente, seu Barroso levantou cedinho. Próspero comerciante carioca, ele tinha de ir até o Valongo, na zona portuária, examinar mercadorias recém-chegadas.

Mandou um escravo enrolar as esteiras onde havia dormido, enquanto outro colocava uma tábua em cima de dois cavaletes e trazia as gamelas com o almoço. Entre um bocejo e outro, Barroso mergulhava os dedos na papa de farinha e feijão-preto. Terminou de comer, limpou as mãos na roupa de algodão e, antes de ir para a rua, deu uma chinelada na ratazana que tentava invadir sua casa.

O comerciante precisou aplicar um golpe de bengala para atravessar a esquina - um bando de urubus estava distraído demais para lhe dar passagem, banqueteando-se com um cachorro morto na véspera. Numa rua estreita, Barroso passou por seu barbeiro, o mulato Sebastião, e se deteve um instante.

Suas hemorróidas estavam de matar. Seria o caso de pedir ao velho homem uma rápida aplicação de sanguessugas? Talvez uma outra hora. Mais alguns minutos e Barroso finalmente chegou ao Valongo, onde trocou uma bela quantidade de carne-seca e couro curtido por alguns negros trazidos da África"*.


A cena fictícia acima descrita retrata muito bem o que era capital do Brasil no início do século XIX. Nada mais que uma cidade tosca onde nada havia. Mais graças ao baixinho do Napoleão Bonaparte, tudo mudou para o Brasil, já que este homenzinho resolveu acabar com o sossego dos português. Isso provocou a já ultra-mega-mencionada fuga do princíupe regente Dom João - que este ano faz dois centenários - e de todo o aparato estatal português para cá, entre o fim de 1807 e o começo de 1808, que deu os primeiros passos para acabar com esse marasmo e acabaria por colocar a colônia, sem querer, no caminho da independência. Mas esta é uma outra história.

* As Aventuras da História

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

dando um tempo para pensar...

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

feliz ano novo!

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