a grande maçã no seu corre-corre
Nova Iorque se apresentou num dia berrante de sol e na companhia de sete companhias quase histéricas. Eu mesmo posso dizer que estava histérica naquele dia. Sozinha, pelo menos literalmente, andei pela cidade quase como s´eu não fosse eu mesma, com um medo de tocar e de sentir que não era meu. Verdade seja dita, NY era uma das poucas cidades que tinha interesse em conhecer nos Estados Unidos. E posso dizer, que é a única que ainda vou revisitar. Foram cinco dias entre palestras e escapadas para ver A cidade. Não me decepcionou em momento nenhum. Para amantes de grandes aglomerações, grandes cidades, como eu, é the best.
Na cidade a melhor impressão talvez foi do Central Park, não apenas de tê-la visto tantas vezes no cinema, mas como fui a New York num workshop ultra-rápido, passei imenso tempo entre paredes. O Central Park ficava ali do lado do hotel, e entre nas paradas para um descanso aproveitava o sol escaldante que fazia para me refrescar entre sorvetes e pequenas caminhadas digestivas. O certo é que os nova-iorquinos se recuperaram do 11 de Setembro, e aceitaram a vulnerabilidade, sem deixar de lado o seu modo frenético, reinventando-se a cada segundo e saboreando os prazeres da sua cidade.
Claro que uma visita a Nova Iorque não podemos deixar de lado seus arranhas-céus, e eu, sem querer ver o Ground Zero, fui observar a cidade lá de cima no Empire State Building. Este edifício foi o mais alto da cidade durante muitos anos, com seus 102 andares. Hoje tem a vista e a aura mais romântica dos prédios de NY (quem não viu Sintonia do Amor com Meg Ryan e Tom Hanks). Confesso que diante da fila que tira qualquer romantismo de filme hollywoodiano para o chinelo, para matar o tempo resta conhecer gente do mundo inteiro.
Quem visita Nova Iorque tem que se acostumar com a sensação é de déjà vu. Por onde quer que andemos, tudo nos parece familiar, os táxis amarelos, os edifícios, as ruas, os edifícios... O certo é que já conhecemos quase ao pormenor alguns dos bairros, das cores, dos hábitos e dos movimentos da cidade, tantos foram os filmes aqui rodados. Um destes lugares é o Times Square, quando olhamos apesar desta sensação, o olhar automaticamente se dirige para cima em direção às luzes e aos cartazes coloridos que nos transporta para um filme de ficção científica. Edifícios altíssimos, cartazes e néons que iluminam a noite escura, várias músicas de fundo, uma sirene pelo meio...
Para quem gosta de compras, a Quinta Avenida, ou se preferir, Fifth Avenue é um deles. Muito pouco original como sugestão de passeio, mas absolutamente obrigatória os consumistas. Foi aqui que o milionário William Henry Vanderbilt construiu a sua mansão em 1883, seguido por famílias poderosas como os Astor ou os Gould. E foi também aqui que casas como a Cartier e a lendária Tiffany, a Gucci, a Fendi, a Prada, os armazéns Sak's Fifth Avenue, o chiquérrimo Bergdorf Goodman e as mais populares (e baratas) Banana Republic e Gap estabeleceram os seus quartéis generais. E porque símbolos do poder não faltam na principal das avenidas, vai deparar-se com a cintilante Trump Tower, mandada construir pelo magnata Donald Trump nos anos 80 e com o Hotel Plaza, também ele um ícone do luxo ostentador.
Para quem gosta apenas por passear, as regiões de Manhattan são um paraíso para se conhecer, do esp+irito descontraído do Village, passando pelo chique Soho, entrando pelo Chinatown, a maior cidade chinesa no Ocidente, que esmaga a vizinha Little Italy e o bairro judeu de Lower East Side.
Não muito longe no South Sea Port District, avistamos Manhattan no seu esplendor, e a mais antiga e famosa ponte de NY (num total de dezesseis), a Brooklyn Bridge foi inaugurada em 1883. Aproveite para um passeio ao Brooklyn Promenade para a mais clássica fotografia de Manhattan.
Para correr, sem deixar de conhecer. Para andar e falar. Para escutar tantas línguas quanto as que há no mundo. Ou paenas para comprar, para ver e ser visto. NY, a cidade da agitação e da mudança frenética.
Estadia: Eu fui e gostei do West Side YMCA, Hostel (albergue) que fica na West 63 street, bem ao lado do Central Park, do Lincoln Center e o Museu de História Natural. Tem resturante, piscina interior e é ótimo para praticar esportes. O preço mais barato fica em 38 dólares, pelo quarto duplo (cada pessoa).
Para maiores informações sobre NY:
Leia a Rotas e Destinos de Dezembro de 2002.
Visite o site Nova York em português com informações, fotos e blogs.
Para se localizar nos Estados Unidos.
Blog sobre NY:
Caderno Vermelho: blog de Susana Sousa sobre NY.
Edu do Brooklyn: blog de Eduardo Graça sobre NY.
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