perceber ou não perceber: eis a questão
Há muito tempo eu desisti de tentar entender as notícias portuguesas. Agora com o caso do Freeport, onde a polícia inglesa investiga o sumiço de quatro milhões de euros na construção que, presupõem-se, foram parar nas mãos de alguém, e alguns suspeitam do Primeiro Ministro José Socrátes - na época Ministro do Ambiente que teria aprovado o projecto depois de receber algum -, eu tenho mais certeza porque eu passei a falar de alguém que sei, o mundo do entretenimento.
As notícias em Portugal é entretenimento puro; pelo menos a mim me parece. Nada de provas são apresentadas, apenas entrevistas que nada dizem e apenas suposições publicadas em outro jornal ou em outra televisão. A mim, parece-me o mesmo que fazem as revistas cor-de-rosa, provas baseadas em fotos que nem parece com o suposto retratado.
Não digo aqui, até porque eu nem consegui entender muito bem o que dizem as notícias, que o PM é ou não inocente. Eu só entendo que qualquer canal tem publicado a notícia na abertura do tele-jornal, depois fala das novas não-evidências não descobertas a cada ida a publicidade, para lá no meio falar da não-evidência e no fim do tele-jornal, o âncora, completa com a não-descoberta do caso.
Cadê as evidências? Onde está o trabalho de investigação? Então, para onde anda o telejornalismo português?
Para saber sobre o caso Freeport:
cheiro a pólvora
teatro anatômico
trix nitrix