segunda-feira, 19 de novembro de 2007

ian curtis em retrato cinematográfico


Ian Curtis é uma das figuras maiores do rock depressivo do século XX. Após 27 anos depois da sua morte, ele chega ao grande ecrã pela mão de Anton Corbijn, o fotógrafo e realizador de videoclips que faz em «Control» o seu debute em longas-metragens.

O filme começa a narrar a hitória do protagonista a partir de 1973, em Macclesfield, cidade-natal de Curtis, numa altura em que ele ainda frequentava a escola e que conheceu Debbie. Depois, é todo o desenrolar de uma atribulada existência, especialmente interior, que integra o casamento com Debbie, a formação dos Joy Division (inicialmente como Warsaw), a descoberta da epilepsia, o nascimento da filha Natalie, o relacionamento extra-conjugal com a belga Annik e o percurso ascensional da banda até ao suicídio de Ian Curtis, em 18 de Maio de 1980, véspera da viagem para a primeira digressão nos Estados Unidos.

Em duas horas, Control conta estes últimos sete anos da atribulada existência de Ian Curtis, sensivelmente um terço da sua vida, talvez o mais importante, sinceramente o mais investigado pelos fãs, partilhado com Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner nos Joy Division, a mais marcante banda do final do século passado, precursora do pós-punk, e que ainda hoje gera descendência. As opções do realizador mostram-se bastante acertadas, seja no casting em semelhanças físicas perturbadoras, ou no registo a preto-e-branco, mas essencialmente na escolha da banda-sonora.

Com nove nomeações para os British Independent Film Awards (incluindo Melhor Filme, Realizador, Actor e Argumento), Control integrou a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2007 e ainda o European Film Festival 2007, tendo já sido distinguido com o Prémio Melhor Filme Revelação no Festival de Edimburgo. Não sendo este um filme sobre os Joy Division – como Anton Corbijn já fez questão de explicar –, a história gira em torno das relações pessoais de Ian Curtis com a esposa Deborah Curtis e a amante Annik Honoré, tendo como pano de fundo a ascensão da banda.

O Joy Division chegou a mim por outras bandas que foram influenciadas pelo som, pelas letras ou pela depressão carregada. O fato é que ninguém chega aos novo milênio sem gostar de rock e não saber quem foi os Joy Division, para isso é viver sem ter conhecido The Smiths ou Radiohead, por exemplo - só para citar um exemplo das décadas seguintes.

free music

DISCOGRAFIA
Aproveitando a estreia de Control, a Warner decidiu reeditar toda a discografia dos Joy Division. Mas a editora não se ficou por aqui, juntando a cada obra um cd-extra com uma actuação ao vivo da banda inglesa.

Unknown Pleasures (1979)
Bónus – Concerto no famoso e lendário club Factory, em Manchester, em Abril de 1980

Closer (1980)
Bónus – Actuação na University College of London, em Fevereiro de 1980

Still (1981)
Bónus – Performance no Town Hall, em High Wycombe, em Fevereiro de 1980

Control (2007)
Disponível está igualmente a banda-sonora oficial do filme de Anton Corbijn.
Alinhamento: New Order - Exit; The Velvet Underground - What Goes On; The Killers - Shadowplay; Buzzcocks - Boredom; Joy Division - Dead Souls; Supersister - She Was Naked; Iggy Pop - Sister Midnight; Joy Division - Love Will Tear Us Apart; Sex Pistols - Problems; New Order - Hypnosis; David Bowie - Drive-in Saturday; John Cooper Clarke - Evidently Chickentown; Roxy Music - 2HB; Joy Division - Transmission; Kraftwerk - Autobahn; Joy Division - Atmosphere; David Bowie - Warszawa; New Order - Get Out.

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