quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Merry Xmas!

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

em tempos de crise, só nos resta pensar



Sim, o capitalismo dos últimos tempos tem nos apresentado coisas impossíveis de se resistir. E nós, acreditamos que o dinheiro nunca iria acabar e nos fartamos de nos endividar. Acabou o Capitalismo? Assim como pronunciaram a morte de Marx nas Ciências Sociais. Por algum tempo, tudo parecerá diferente, mas no fim, a ganânica impera. E em tempos de crise, nada do que relembrar um video-clip do Radiohead, em 2+2=5, que foi beber um pouco de George Orwell. Para quem gosta de ler, vale a pena a fábula "A Quinta dos Animais" e o romance "1984", para quem quer aproveitar o Natal para pensar.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

nothing sweet about me



Gabriella Cilmi é daquelas surpresas do ano. O seu single de estréia "Sweet About Me”, lançado em março deste ano, catapultou-a para uma carreira internacional. Com a apenas 17 anos, acabados de completar, esta australiana de raízes italianas começou sua carreira numa garagem de amigos, em Melbourne a fazer covers dos Led Zepplin, Kings of Leon e dos Jet. Mas foi quando cantou num festival local que as coisas começaram a acontecer. Um ano depois estava a estrear-se num clube em Londres. Pouco tempo depois estava a assinar pela Island Records. Gravou todas as canções de “Lessons to be Learned”, seu álbum lançado em Junho deste ano, no seu idílico estúdio em Kent e ao mesmo tempo que apresenta como referências canções de Cat Stevens.

vídeo de oura versão de sweet about me:


Comparada com Amy Winehouse, eu acho que Gabriella Cilmi tem o estilo anos sessenta e a voz levemente parecida, mas mais pop-rock. Aliás, virou mania comparar qualquer pessoa com a voz mais potente a Winehouse o que injusto para qualquer uma das comparadas. Cilmi no estilo de cantar e nas músicas não tem qualquer referência a Winehouse (não concorda, é só ouvir o álbum da menina para verificar). E a moça, inclusive, não gosta da comparação. Certo é que a indústria fonográfica deve está a procurar de vozes potentes com mais volúpia a fim de satisfazer os ouvintes, pegando a carona no sucesso da Amy. Será que Gabriella não passará de moda, só o tempo dirá. O que dá para aproveitar é a boa música da cantora teen.

Outras músicas de Gabriella Cilmi:
gabriella cilmi

Para mais sobre Gabriella Cilmi, ler http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/music/article3320160.ece.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

o poder da língua portuguesa no haiti



A língua portuguesa tem ganhado importância no país mais pobre da América Latina graças a participação do Brasil na Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti. Segundo, o diretor do Centro de Estudos Brasileiro José Renato Baptista, que oferece cursos de português em Porto Príncipe, capital do país, o português vai inclusive ultrapassar a importância do inglês.

Em matéria para a Agência Lusa, muitos haitianos tem a oportunidade de melhoraren de vida ao aprenderem português numa terra onde a maioria é analfabeta. Para ler mais sobre a matéria, "Língua portuguesa vai passar inglesa no Haiti, diz professor" vá a Agência Lusa.

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

"sleeping village, cockerel's cry"


Já atacado por piratas, actualmente por turistas; exposto, no Inverno, a ventos fortíssimo, tempestades medonhas e ondas que galgando a fortaleza chegam a atingir a torre do farol; cercado de figuras lendárias como o mártir São Vicente, o infante D. Henrique e D. Sebastião: o Cabo de São Vicente, por si, já guarda grandes surpresas. Localizado na freguesia de Sagres, concelho de Vila do Bispo e situado no extremo sudoeste de Portugal continental, é local de culto desde o Neolítico, comprovado pela existência de importantes núcleos de menires e relatos de autores gregos do século IV a.C. de cerimónias religiosas, sendo, naquela época, proibida a presença de seres humanos durante a noite porque acreditava ser um local frequentado pelos deuses. No período em que os fenícios tiveram feitorias no Algarve, tem-se como certa a existência de um santuário dedicado às divindades solares de Hercules-Melcart, enquanto em Sagres existia um outro sob a invocação de Cronos-Saturno-Baal. Já para os romanos, toda área fazia parte do Promontorium Sacrum (de onde derivou o nome de Sagres), ponto extremo do ocidente, onde o Sol, no seu ocaso, fazia ferver as águas do oceano.


Sagres guarda esta atmosfera mítica e a beleza de seu litoral e evoca a aura dos Descobrimentos e a figura do Infante D. Henrique, o Navegador. Desde um passeio pela Fortaleza que fica no Cabo de Sagres, que guarda um Farolim, e o som das ondas a gritar das furnas. Até a paisagem da Costa Vicentina e as praias para quem curte surf, tudo é um convite a um passeio. E para completar, comer mariscos num dos pequeninos restaurantes de Vila do Bispo e caminhar pelo centro histórico desta vila encantada e sua Igreja Matriz.

E neste verão não perca o "Algarve Jazz", na primeira quinzena de Julho. Trata-se de um festival de jazz em toda a região que estará em recebendo em 06 de Julho os portugueses Mário Laginha e Maria João na Fortaleza de Sagres.

Para saber mais sobre o Farol do Cabo de São Vicente: Faróis Visto Por Fora

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Vila do Bispo: Kyry Kyry Island's

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

"no lindo lago de amor"


O pequeno Farol da Ponta da Piedade guarda uma bela vista, mas não a calmaria. É que este farol se encontra em ponto de rota turística pelas falésias de Lagos, freguesia de Faro, o que é comprovado por um café situado logo ao lado e uma loja de lembrancinhas. Um bom passeio ao redor é feito, mas algumas vezes com o incómodo de pessoas a andarem apressadas antes que saia o autocarro. Fora isso, nada parece destruir uma das mais belas paisagens algarvias com as formas das falésias, esculpida pelo mar e pelo tempo formando um cenário edílico recortado pelo azul esverdeado do oceano Atlântico.

A cidade de Lagos vale uma visita a pé ao seu comércio alternativo aos centros comerciais circundado pelos muros do Castelo dos Governadores que conserva pouco da sua construção inicial, tendo sofrido muitas alterações ao longo do tempo. Na Praça do Infante, onde uma estátua fixa o mar numa calçada trabalhada em ondas azuis, a Igreja de Santa Maria vira a sua fachada à esplanada. Também pode se apreciar a fachada do Armazém Regimental e o Mercado dos Escravos, espaços actualmente utilizados para exposições de arte. À direita, a rua que leva a uma das zonas mais antigas da cidade.


Como o verão é época de praia, aproveite para um passeio de barco para admirar as famosas falésias. Ou se preferir as areias, convido-lhe a conhecer a praia Dona Ana, turística, ou Boneca, pequenina, e fará o mesmo em terra. Entre 14 de Junho e 7 de Setembro, Lagos é um dos municípios que receberá o Programa ALLGARVE 08 Arte Contemporânea (os outros são Faro, Lagoa, Loulé, Portimão e Albufeira) que inclui sete exposições e envolvem 59 artistas portugueses e estrangeiros. No Centro Cultural de Lagos está prevista a exposição Mundos Locais: Espaços, Visibilidades e Fluxos Transculturais.

Para saber mais sobre o Farol da Ponta da Piedade: Faróis Visto Por Fora

Para saber mais sobre o Programa ALLGARVE 08 Arte Contemporânea: Turismo de Portugal

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Lagos: Richard Elliott

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

"my summer wine is really made from all these things"


Seguindo o nosso "especial" para visitas aos faróis do Algarve. Primeiro clarificaremos o que é um farol, e apresentaremos o Farol da Ponta do Altar que fica próxima da freguesia de Ferraguda e com vista a Portimão.

O Farol é uma torre dotada modernamente de um holofote potente, cujo facho de luz é visível a largos quilómetros para ajudar a navegação. Utilizados desde a antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompam pelo mar adentro. Atualmente com os modernos sistemas de satélite, parece cada vez menos necessário os faróis, apesar deles serem muito utilizados e utéis, mas até quando ele funcionará, passado a ser apenas um edifício arquitectónico diferente, só o tempo nos poderá dizer.

Se falássemos de vista, a Ponta do Altar já tinha alguns pontos em frente aos outros faróis. Com falésias a formar enormes grutas, plantas bem adaptadas aos ventos constantes e zona de protecção especial para aves, principalmente colónias de corvos-marinhos, garças-boeiras e garças-brancas: tudo isso, já valia uma visita a esta área. Além disso, tem uma bela vista da praia da Rocha, Portimão e um farol diferente da maioria dos faróis portugueses. Uma pequena casa, é um daqueles faróis que certamente se confunde com um lar, sem o ser. Infelizmente, uma torre que controla o tráfego marítimo enfeia a vista do farol, mas lá, nada impede que se aprecie a vista.


Aproveite a visita e visite a calma vila de Ferragudo com seus restaurantes, sua pitoresca tranquilidade e seu catelo S. João de Arade. Em Portimão, cidade que fica do outro lado do Rio, aproveite para aproveitar os diversos eventos que estão a acontecer durante o verão. Durante o mês de Junho, por exemplo, estará acontecendo as festas dos santos populares sempre pelas 22:00 horas, nos dias 15, 21, 28 e 29, na zona ribeirinha de Portimão, na Mexilhoeira Grande, na zona ribeirinha de Alvor e na Praia da Rocha, respectivamente. Já em Agosto, acontece todos os anos o Festival da Sardinha na zona Ribeirinha de Portimão. Uma última dica, já que verão rima com praia, pode escolher entre a famosa praia da Rocha, ou quem prefere tranquilidade, a praia de Alvor.

Para saber mais sobre o Farol da Ponta do Altar: Faróis Visto de Fora

Foto do Farol: Dulce Nascimento
Foto de Ferragudo: José Manuel

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terça-feira, 10 de junho de 2008

"the edge of a dream all seems so real"



Comecemos nosso passeio pelos faróis do Algarve, neste segundo post, vamos conhecer um pouco do Farol de Alfanzina e da vila de Carvoeiro. Antes, expliquemos a constituição dum farol, que tem quatro elementos principais: um pedestal de tamanho variável, que é uma torre situada num promontório (falésia, elevação), construído em pedra, metal ou madeira; uma lâmpada que emite luz; um sistema óptico que reflecte essa luz até ao horizonte e uma lanterna, que protege a lâmpada e a óptica das intempéries.

Calmo, placidamente sob o mar do Algarve, este farol não é o mais bonito, nem o mais importante, ou mesmo o primeiro em qualquer coisa, mas é aquele que, de não encontrar, inventou a nós uma idéia, a de conhecer todos os faróis de Portugal. Da primeira vez, só vimos a sua luz a nos indicar. Somente numa segunda vez, de mapa na mão, o encontramos. É, ele não é muito sinalizado, mas sem dúvida nenhuma essa é até uma vantagem. Não o dividimos com muitos visitantes que sempre estão comumente ao redor dos faróis, e sempre apreciamos uma linda vista do mar e da costa do Algarve.

carvoeiro
O Farol de Alfanzina fica em Carvoeiro, na freguesia de Lagoa. Se o Farol, pequenino, rodeado pela vegetação rasteira próxima das falésias, não vale a visita, o espectáculo visual que é a rendilhada costa do Carvoeiro, onde as suas bizarras formações rochosas escondem dezenas de grutas e outras tantas praias desertas de acesso impossível certamente vale. Encravada perto dali está a simpática vila de pescadores do Carvoeiro, que, desde há uns anos, se transformou numa verdadeira atracção turística.

A povoação, muito branca e luminosa, dispôs-se em anfiteatro nas arribas circundantes, aliado aos coloridos barcos dos pescadores que partilham o areal com os banhistas, a primeira sugestão são os caminhos pedonais e miradouros existentes no topo das arribas oferecem oportunidades de passeio e magníficas vistas sobre o oceano. Outra dica fudamental é visitar as praias ao redor do farol e pela freguesia, eu recomendo a praia do Carvalho, próxima do farol, e a dos Caneiros. A última dica, se estiver no município durante o mês de Agosto, entre os dias 22 e 31, é visitar a Fatacil, a 29ª edição de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria, a maior feira e mais popular "feira" região.

Para saber mais sobre o Farol de Alfanzina e onde fica: Faróis Visto por Fora.

Foto Farol: Dulce Nascimento
Foto Carvoeiro: Hans-Peter Merten

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

"there is a lighthouse five hundred yards down"



Não sei quando me apaixonei por faróis. O mais provável tenha sido que a paixão dum "outro" tenha contaminado a mim. E eu até já perguntei a este "outro" qual o motivo, mas ele não sabia, e eu fiquei a imaginar o meu motivo apenas. Talvez pela idéia de guia, não apenas da navegação, mas aquele que, indica os perigos e acidentes num percurso turbulento que é o mar e nos conduz com segurança até o objectivo. Seja por esta idéia, ou apenas pela beleza arquitectónica, esta semana este blog vai fazer um guia para quem quer conhecer os faróis do algarve português.

Começamos pela ponta mais distante do Sotavento, já na divisa com a Espanha, o Farol de Vila Real de Santo António não fica precisamente à beira-mar. Antes, é separado de seu amigo íntimo por uma mata de pinheiros que o rodeia. Ali, numa rua, passaria por uma grande vivenda, com seu cão de guarda a porta, se não fosse a grande torre, só isso denuncia este farol de bela arquitectura. E ali, junto aos pinheiros, perto do rio Guadiana, ilumina mesmo a distância a praia, de vastos areais e mar aparentemente calmo, de Santo António.

Vila Real de Santo António foi fundada em 1774, por ordem do Marquês de Pombal, a cidade foi construída em menos de dois anos sobre o areal junto à foz do Guadiana. O objectivo era o de controlar o comércio neste importante ponto de fronteira e desenvolver as pescas, que mais tarde fariam surgir a industria conserveira. Hoje é uma cidade virada para o comércio e turismo, tendo o privilégio de se encontrar na foz do Guadiana (que a limita a nascente), junto à praia (limite sul), ao pinhal (a poente) e à Reserva Natural do Sapal (a norte).

Depois de conhecer o farol, sugiro três passeios para completar o dia. O primeiro é uma volta pela Zona Histórica Pombalina. O traçado geométrico do urbanismo pombalino que fez nascer a cidade, constitui, hoje, a sua principal área comercial. As ruas confluem para a Praça Marquês de Pombal, com um obelisco central e quatro torreões pombalinos a marcar-lhe os vértices, onde se encontram os edifícios da Câmara Municipal e da Igreja Matriz. Outra dica é conhecer a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação, construída no séc. XVIII, que tem um bom conjunto de imagens do séc. XVIII, com destaque para Nossa Senhora da Encarnação, da autoria do escultor Machado de Castro. Os vitrais da capela-mor e do baptistério, instalados na década de 40, são da autoria do pintor algarvio Joaquim Rebocho. Para aproveitar o dia, a apenas 3 Km de Vila Real, visite a antiga vila de pescadores de Monte Gordo, situada entre um vasto pinhal e o mar foi pioneira na exploração turística no Algarve, com a construção de um dos primeiros hotéis da região nos anos 60. Com uma extensa e bela praia, um clima ameno e várias zonas pedonais, em calçada portuguesa, Monte Gordo é um dos principais destinos turísticos do Algarve.

Durante os dias 13 e 22 de Junho, aproveite na cidade o II Memorial Gastronómico de Vila Real de Santo António que estará em catorze restaurantes do centro. O evento consiste na recuperação e valorização da gastronomia típica local, apostando na diferenciação e valorização da gastronomia como componente atractiva da oferta económica da cidade.

Para saber mais sobre o Farol de Vila Real de Santo António e onde fica: Faróis Visto Por Fora

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terça-feira, 3 de junho de 2008

"he’s tried to make me go to rehab"



O show de Amy Winehouse no Rock in Rio Lisboa foi decepcionante e algumas publicações disseram que o futuro da cantora é incerto. Com problema da voz, a cantora entrou uma hora atrasada, se desculpando e admitindo que deveria ter cancelado o show considerado morno, ainda mais considerando que ela foi um sanduiche entra a popular-levanta-garotada Ivete Sangalo e o mister-big-show-guitarrista Lenny Kravitz. Não voltou ao palco para o bis. Como cantora, duvido que esteja acabada, eu não sei se ela consegue é viver um ano mais assim, a mulher tá num estado lastimável.



Enquanto a cantora parece não sair do buraco, fãs esperam salvá-la. A atriz brasileira Giselle Itié , por exemplo, fã da cantora inglesa, decidiu estar na pele dela em um ensaio assinado por Hanna Jatobá (foto acima) publicado pela Trip de Maio. Ao lado do DJ Felipe Solari, que encarnou o marido de Amy, Blake Fielder-Civil , a atriz fotografou nas ruas de São Paulo. O projeto, batizado de “Save Amy”, cresceu e vai virar uma exposição, que será lançada na próxima hoje em São Paulo. Giselle Itié abraçou a causa e propõe um questionamento maior sobre os limites do prazer e o abuso de drogas. Itié não se acha parecida com a cantora, mas algumas fotos impressionam.

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

"and crash the cemetery gates"



Os cemitérios têm perdido seu inegável negativismo para ser um espaço para admirar a arte das suas esculturas, conhecer a história e descobrir a beleza dos seus espaços, aliadas às ilustres personalidades intramuros e as preciosidades arquitectónicas. Em Paris, três cemitérios que estão entre os mais famosos do mundo: o Père-Lachaise, o Montparnasse e Montmartre. No primeiro, podemos encontrar, espiritualmente, Marcel Proust, Maria Callas, Jim Morrison, Balzac, Oscar Wilde e o próprio Allan Kardec. Já Baudelaire, Trauffaut, Simone de Bouvoir e Sartre, preferiram a quietude do Montaparnasse.

Agora, um monumento que visitávamos pela sua complexa arquitetura feita nos antigos tempo, não é nada mais que um cemitério. O Stonehenge, um monumento megalítico da Idade do Bronze, "foi utilizado como cemitério desde a sua construção até ao seu abandono final, por volta de meados do terceiro milénio a.C.. Os restos de cremações da época em que Stonehenge foi construído são apenas parte do que foi encontrado e pertenceriam a este período tardio demonstrando que este local foi um sítio reservado aos mortos muito mais tempo do que aquele que julgávamos”, comenta Parker Pearson, que liderou, com a National Geographic, o chamado Stonehenge Riverside Archeological Project.

Contudo, as "celebridades" encontradas neste "cemitério" correspondem a uma única família pertencente à elite da época e seus descendentes, naquilo que poderia constituir uma autêntica linha dinástica, segundo a opinião de Andrew Chamberlain, colega de Parker Pearson na Universidade de Sheffield e perito em demografia da antiguidade. Um dos indícios que Chamberlain aponta é o contraste entre o pequeno número de enterramentos das primeiras fases da jazida e o aumento considerável dos mesmos nos séculos seguintes, o que significaria um natural aumento da descendência. Outro dos elementos que sustentam esta teoria é o carácter monumental da jazida. Nas palavras de Parker Parson “é muito difícil pensar que as pessoas comuns fossem enterradas em Stonehenge. Pelo contrário, tudo aponta para a existência de uma elite. Assim, os chefes de uma tribo do Neolítico não só seriam os responsáveis por erigir o monumento como teriam inclusivamente sido enterrados ali”.

Um belo lugar para descansar. Por que depois da morte, mesmo assim, no fim, nos colocam nestes lugares de grande e inspirada beleza, como o Cemitério do Père Lachaise ou, o recentemente descoberto cemitério, o monumento Stonehenge? Por que o ser humano, no seu fim, precisa descansar em paz e beleza? Digo nós, imaginando-nos reis ou grandes celebridades da cultura mundial. O resto de nós, mortais, nos contentamos com um lugarzinho espremido no cemitério do Caju se tiver espaço, ou, então, não morrer, levando em conta a falta de sepulturas aqui no algarve português.

Para Ler sobre "Arte, História, Turismo e Lazer Nos Cemitérios Da Cidade de São Paulo".
Para Ler Mais sobre Novas Descobertas no Stonehenge em Ciência Hoje.

Foto: Grant Faint

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

"burning that gasoline"



Mais um aumento da gasolina começa a fazer tremer o bolso de qualquer cidadão ou de qualquer um. Fazendeiros estão substituídos os tratores pelas mulas nos Estados Unidos, os pescadores fazem greve em alguns países europeus, inclusive Portugal, e a General Motors já anunciou a diminuição da produção de pickups: somente para citar alguns exemplos em como a situação da subida do petróleo tem afectado o mundo.

Será que podemos ter alguma ilusão que os preços vão cair? Segundo a National Energy Board do Canadá a escalada dos preços da gasolina continuará durante todo o verão. Enquanto por cá, as três principais companhias petrolíferas - Galp, BP e Repsol - anunciam sucessivos aumentos do valor da gasolina e do gasóleo, explorando o aumento do preço do barril e um esquema privilegiado de cálculo de preços para aumentar seus lucros.

O analista do Fundo Monetário Internacional, Noureddine Krichene, advertiu que a escalada extraordinária do preço do "crude" pode mergulhar o mundo numa recessão, uma vez que um crescimento mundial de três por cento é equivaleria a uma recessão, pois implicaria uma contracção em países avançados importantes e uma grande desaceleração em nações como a China e a Índia. Em Paris, o presidente francês Nicolas Sarkozy defende que "o corte do imposto de comercialização dos combustíveis, para conter o impacto da alta de preços em vários setores da economia".

E nós, resta ficar com as dicas do Blog Motores: Instalar um kit Autogás (GPL), o que pode ser feito em qualquer carro a gasolina, e assim utilizar também o Autogás (GPL), que além de económico porque custa menos de metade do preço dos outros combustíveis, é menos lesivo para o ambiente, aumenta os intervalos de manutenção do automóvel e prolonga a vida do motor. No Rio de Janeiro, muitos automóveis já possuem esta opção, e apesar do valor do kit, a médio prazo compensa. O que aqui ainda não vi é muitas "bombas" oferecendo o tal gás. Outra dica é ler a revista Visão desta semana, que sugere diminuir o peso do carro, comprar preços no site www.maisgasolina.com e dirigir carros com menos cavalos.

Para saber mais sobre Aumentos de Lucros da Galp: O Castendo

Para Ler Mais sobre Greve dos Pescadores em Portugal: Fábrica de Conteúdos

Visite o Blog Sapo Motores e Outras Dicas: http://motores.sapo.pt/artigo.php?id=9200

Foto: Don Farrall

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

"quem não sonhou em ser um jogador de futebol?"


Tempo de voltar da hibernação do pensamento, apesar do tempo do calor não ter chegado ainda. Será que em junho o sol dá o seu ar na terra "allgarviana"?

Enquanto o tempo não fica bom para férias, aproveito para sonhar com os sonhos de qualquer garoto português que quer sair da pobreza da terra das desigualdades (e eu julguei que era só a minha pátria pequenina) e ser o Cristiano Ronaldo. "Eu ganho milhões no Manchester, ou ganho mais alguns bons milhões no Real Madrid". Realmente, deve ser algo que não põe o sujeito a dormir de modo algum.

Minha dúvida somente é se o Real Madrid ainda quer o Cristiano Ronaldo, somente diminuindo a pressão, ou foi o berro do Manchester que os assustou.

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sexta-feira, 28 de março de 2008

encosta-te a mim

jorge palma
Música tem seus mistérios, não sabemos porque escutamos. Achamos que é por causa do cantor, mas imagine um cantor que canta como um bêbado e mesmo assim a música dele é uma das mais tocadas. Imagine a letra, uma das mais bonitas canções de amor que eu escutei nos últimos meses. Misture à campanha massiva das rádios: "yes, o hit to momento está feito". O cantor, o português Jorge Palma, a música Encosta-te a Mim. Para português ouvir e, brasileiro conhecer.

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domingo, 23 de março de 2008

o espírito pascoal e o folar

200567281-001
A Páscoa como o Natal tem seu espírito também sabotado, neste caso pelo tal do coelhinho da Páscoa. E se no Brasil a festa religiosa era sempre introduzida pela minh católica mãezinha, sem ela parece mais uma esbórnia de chocolate, mas sem o chocolate que a gente vê nos tetos das lojas no Brasil. Aqui eu tenho que comer amendoazinhas, nada mal... Mas o que sinto mesmo falta é dos sermões maternais da nossa (minha e de minha irmã) falta de religiosidade e o almoço de Sexta-Feira Santa com peixe e da Páscoa com coisinhas boas e no fim bombons para se fartar... Ah, que falta de me comer até fartar... Então a sexta-feira foi passada numa almoço a correr para ir trabalhar porque o mundo não pode viver um feriado sem comprar (a esbórnia do consumismo) e eu a vender. E a Páscoa só não será o mesmo porque calhou d'eu ganhar a Páscoa. Pelo menos uma coisa boa... Mas o que eu queria era que o Seu Coelho da Páscoa me trouxesse um ovo nº 20 podia ser até Serenata de Amor. Pronto, um pacotinho de amêndoas é até gostoso, mas não consigo me fartar... Resta o Folar, ah.. o folar, aquele pão com canela e erva-doce... hummm...

Receita de Folar

500 g farinha
100 g margarina
35 g fermento de padeiro
125 g açúcar
3 ovos
2 dl Leite Morno
q.b. sal
q.b. canela
q.b. erva doce
4 ovo(s) cozido(s)

1. Dissolva o fermento num pouco de leite morno e junte alguma farinha. Faça uma bola bem húmida e deixe levedar 20 minutos.


2. Amasse a restante farinha com o açúcar, o leite e os ovos e junte a bola de fermento.
Bata bem. Acrescente a manteiga, o sal e as especiarias. Bata até a massa se soltar da tigela. Deixe levedar numa tigela tapada com 1 cobertor, em local protegido e ameno, durante + ou - 3 horas.

3. Faça então uma bola ligeiramente abolachada, onde coloca os ovos previamente cozidos e frios. Com um pouco de massa faça uns cordões que coloca a rodear os ovos. Pincele com gema de ovo, deixe levedar mais 1 pouco e leve a forno quente (200ºC) até ficar bem corado e cozido.

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quarta-feira, 19 de março de 2008

o berço do rio destruído, o morro do castelo*

morro do castelo
*O Morro do Castelo foi um acidente geográfico que existiu na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Como um acidente geográfico pode deixar de existir? Assim foi feito no início do século XX. O Morro do Castelo, considerado o berço do Rio, foi destruído. Hoje só existe em maquetes e fotos antigas.

A história do Morro do Castelo começa no século 16, quando a cidade se mudou do Morro Cara de Cão. A mudança ocorreu em 1567, dois anos depois da sua fundação, quando os 120 portugueses, comandados por Mem de Sá, derrotaram os franceses, comandados por Nicolau Durand de Villegaignon. Como o Morro Cara de Cão era pequeno, a mudança foi necessária. O Morro do Castelo foi escolhido por razões de segurança. Os portugueses tinham o costume de construir vilarejos em pontos elevados e o Morro do Castelo era uma das quatro colinas existentes no Centro do Rio. Do Castelo tinha-se uma visão privilegiada de boa parte da Baía de Guanabara, o que facilitava a defesa. Além disso, era cercado por lagoas e manguezais, que dificultavam um ataque. Os índios Tamoios, pouco dóceis e inimigos naturais dos portugueses, tinham medo das colinas, pois as associavam a coisas demoníacas. Finalmente, a inclinação do morro favorecia o escoamento dos detritos. Naquela época, como atualmente em algumas favelas, jogava-se lixo na rua e a chuva tratava de levá-lo encosta abaixo.

Assim nasceu a cidade, com cerca de 600 pessoas, entre elas os fundadores que vieram com Estácio e Mem de Sá, jesuítas, índios catequizados, alguns franceses e umas poucas mulheres. Esses pioneiros ocupavam os 184 mil metros quadrados da colina, com limites nas atuais Rua São José, Santa Luzia, México e Largo da Misericórdia.

De início, logo no primeiro ano de ocupação, o morro ganhou suas primeiras construções. Em 1567 foi erguido o Forte de São Januário, rebatizado mais tarde de São Sebastião. Ficava na parte posterior do morro e foi feito, como as demais construções, de pedra e óleo de baleia. As paredes internas tinham um metro de espessura e sua aparência era a de um castelo, daí o nome do lugar. Meses antes o Morro do Castelo chegou a ser chamado de "Morro do Descanço".

Em seguida foi construída a Igreja de São Sebastião, o primeiro templo do Rio, que se assemelhava a uma fortaleza. Tinha duas torres sineiras, usadas na vigilância da costa.

No Morro do Castelo foram construídos o primeiro sobrado da cidade, a Casa de Câmara e a Cadeia. A Igreja e o Colégio dos Jesuítas exerceram intensa atividade no Castelo até a expulsão dos padres desta Ordem pelo Marquês de Pombal, em 1759. Com a saída dos religiosos o colégio virou Palácio São Sebastião, depois hospital militar e, em 1877, hospital infantil São Zacarias.

As dificuldades do dia-a-dia não compensavam a segurança do isolamento. Assim, a nobreza carioca do século 16 desceu a ladeira, a Ladeira da Misericórdia, que era o único acesso ao Morro no início da sua ocupação. Da Rua da Misericórdia, a mais antiga do Rio, sobrou apenas uma via sem saída, com 40 metros e calçamento pé-de-moleque do século 17, no Largo da Misericórdia, que poucos cariocas reverenciam em meio ao corre-corre e a agitação do Centro.

Foi pela Ladeira da Misericórdia que a elite desceu os 64 metros do Morro do Castelo e seguiu em direção à várzea, a partir de 1570. Apenas o pessoal menos favorecido, principalmente pescadores, permaneceu no alto do morro, pois não foi contemplado com a distribuição de sesmarias, terras doadas pelo governador-geral, em nome da Coroa Portuguesa.

antigo morro
Com a mudança, veio a decadência e o local ficou marginalizado, evitado pelos cariocas. Com as obras que mudaram o centro da cidade no início do século passado, muitas famílias desalojadas encontraram abrigo no Morro do Castelo. Mas isso só duraria até 1922, quando o Prefeito do Distrito Federal, engenheiro Carlos Sampaio, decretou o fim do morro. Foram muitas as justificativas, entre elas a falta de espaço para abrigar a exposição comemorativa do centenário da Independência. Diziam, também, que o Morro do Castelo prejudicava a ventilação da área central da cidade. Assim, com jatos d'água, motores elétricos e máquinas a vapor, acabaram com o berço da cidade.

Mesmo tendo o Rio um milhão e duzentos mil habitantes coube a um paulista, Monteiro Lobato, reagir contra a obra. Foram demolidos 300 imóveis e retirados 66 mil metros cúbicos de terra. A população foi removida para os subúrbios e os principais objetos de valor, como o marco inaugural da cidade, pinturas e esculturas do século 17, transferidos para vários pontos da cidade. No Colégio Santo Inácio estão as imagens do Cristo Crucificado, de João Evangelista e da Virgem Maria, além da Porta Principal da antiga Igreja dos Jesuítas. Na Igreja dos Capuchinhos estão o Marco Inaugural e túmulo de Estácio de Sá.

A terra retirada do Castelo foi usada para aterrar parte da Urca, Lagoa Rodrigo de Freitas, Jardim Botânico, área do Jóquei Clube, e muitas áreas da baía de Guanabara. Vale lembrar que a Rua Santa Luzia, onde estão a Igreja de Santa Luzia e a Santa Casa de Misericórdia, ficava junto ao mar.

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segunda-feira, 10 de março de 2008

o museu histórico nacional no calabouço antigo

ponta do calabouço
Caminhando da Rio Branco até o fim da rua Santa Luzia, encontramos o ponto da cidade conhecido no passado como Ponta do Calabouço. A ponta do Calabouço avançava entre as praias de Santa Luzia e Piaçava. Por ter sido considerada uma área estratégica para a defesa da cidade, foi construída em 1567 a Batalha de Santiago por ordem de Mem de Sá. A construção foi ampliada em 1603 para se tornar o Forte de Santiago.

A região passou a ser conhecida pelo nome Ponta do Calabouço a partir de 1693 quando o Forte veio servir também de calabouço, prisão para castigar escravos, por ordem do Vice-Rei D. Luis de Vasconcelos em comprimento a duas cartas régias de março de 1688.

Em 1762, o Conde de Bobadela manda construir a Casa do Trem, destinada à guarda dos armamentos, ao lado do Forte de Santiago. Quando o Rio de Janeiro se transforma em capital do Brasil, foi construído, em 1764, junto à Casa do Trem, o Arsenal de Guerra, destinado ao reparo de armas e fabricação munições.

Nesta área, em agosto de 1922, por decreto do Presidente Epitácio Pessoa, foi criada o Museu Histórico Nacional que utilizou duas salas da Casa do Trem para a exposição em comemoração do Centenário da Independência, neste mesmo ano. Ao longo do tempo, o museu ocupou gradativamente todo o conjunto arquitetônico da Ponta do Calabouço.

O Museu Histórico Nacional abrigou o primeiro curso de museologia do país e serviu, também, como ponto de partida para a constituição de importantes museus brasileiros, passando a ser conhecido internacionalmente na década de 40.

o MHNO Museu Histórico Nacional (MHN) é um dos mais importantes museus do Brasil, reunindo um acervo de mais de 287.000 itens, entre os quais a maior coleção de numismática da América Latina.

Nesta foto de 1983, vista parcial do conjunto do Museu, a antiga Ponta do Calabouço, destacando-se a Casa do Trem. A restauração da década de 70 procurou devolver os traços originais das edificações, eliminando os elementos neo-coloniais e voltando à cor branca.

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quinta-feira, 6 de março de 2008

a igreja de santa luzia

santa luzia no inicio do sec xx
Nos meus muitos passeios a "O Meu Rio", sempre fiquei curiosa em ver como era a Igreja de Santa Luzia. Não que seja religiosa, mas além de achar arquitetura de igreja muito bonita, eu sempre fico me imaginando o que as pessoas faziam em tal igreja, quem freqüentava. No Centro do Rio há milhares de igreja, mas até a semana passada eu nunca tinha entrado na pequena igreja de Santa Luzia.

Localizada na rua Santa Luzia, que recebeu este nome por causa da igreja. Construída antes de 1592, ela foi um das primeiras igrejas erguida na cidade. Ficou destruída pelos anos, mas foi reconstruída em 1752 com apenas um só torre. Cento e vinte anos depois, foi remodelada segundo projeto do Mestre Antônio de Pádua e Castro, quando se acrescentou a torre sineira.

Atualmente ela está pintada de branco com alguns pontos de desenhos em dourado. No altar, a Santa é rodeada de lâmpadas fluorescentes para economizar energia. E ao redor da pequenina igreja muitas imagens de diferentes santos espremidos entre os bancos e os fiéis.

Ao longo destes anos a igreja de Santa Luzia continuou ali, testemunhando os acontecimentos ao redor, como o arrasamento do Morro do Castelo para a construção da moderna avenida Presidente Antônio Carlos, o desaparecimento do mar frente a ela, e o derrubamento das casas menores para a construção de moderníssimos prédios que nos impossibilita de ver o céu.

Na foto acima, tirada do lugar onde hoje fica a Cinelândia, vemos a Igreja de Santa Luzia de perfil. Em frente a ela apenas a praia (e não a atual avenida Presidente Antônio Carlos, e atrás da igreja, onde hoje fica a continuação da Avenida, está a aba do Morro do Castelo. Alguém diria que este lugar bucólico já foi o Rio de Janeiro?

VALE A PENA SABER: A igreja de Santa Luzia foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas está arrecadando dinheiro para uma reforma. Quem estiver interessado em contribuir é só passar pela igreja que fica na rua Santa Luzia, 190. Mesmo não sendo religioso, vale a pena conservar um patrimônio carioca como esse.

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terça-feira, 4 de março de 2008

o meu rio


Quando se fala de Rio de Janeiro a maioria das pessoas tem como imagem as praias da Zona Sul onde ficam, por exemplo, os bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon. Porém, o Centro tem lugares inesquecíveis que guardam a história da cidade. Aproveitando a comemoração da chegada da Família Portuguesa ao Brasil apresentarei dentro deste mês alguns lugares do Rio de Janeiro antigo, começando com os arredores da Santa Luzia.

A cidade do Rio de Janeiro propriamente dita nasceu em 1º de março de 1565 na Urca, mas se mudou para o Morro do Castelo anos depois para se proteger melhor de ataques. Um habitante de qualquer outra cidade poderia chegar ao Rio e perguntar a qualquer carioca onde fica o Morro do Castelo no Centro e, a probabilidade de receber um não sei como resposta é muito grande, outros poderiam até dizer que o visitante estaria enganado e que não existe o tal morro. Não que o carioca não conheça sua cidade, mas o tal morro hoje só existe mesmo em fotos antigas, assim como a praia da Santa Luzia que ficava em frente a Santa Casa de Misericórdia e da Igreja de Santa Luzia. Como um pode uma praia e um morro deixarem de existir? O morro foi desmontado entre 1921 e 1922, servindo de aterro para o que hoje conhecemos como o Aeroporto Santos Dumont e arredores, e a praia de Santa Luzia não existe mais, pelo mesmo motivo, o tal aterro. Assim, a cidade foi mudando e ganhou com este aterro mais 700 000m2.

Repare na foto acima o mapa da cidade antes do aterro. Comparem com a foto abaixo. Reparem que a Ilha de Villegaignon está bem próxima a terra, o aeroporto Santos Dumont. A área assinalada como morro do Castelo, na verdade é o largo do Castelo, e a ponta do Calabouço não existe mais. A área manchada, como a do aeroporto, foi os aterros feitos na cidade.


Na Santa Luzia fica a Santa Casa de Misericódia do Rio de Janeiro que foi fundada pelo Padre Anchieta em 1553. Lá o então Rei Dom João VI se tratou durante sua estadia na cidade no século XIX. Outra coisa curiosa é que o local ficava em frente a então praia de Santa Luzia. Hoje, em frente a Santa Casa, fica um quarteirão enorme com prédios e, principalmente, alguns consulados como o português e o francês. Nesta imagem feita por volta de 1858 por Victor Frond podemos ver todo o percurso da rua Santa Luzia com a igreja de Santa Luzia no canto à esquerda, o prédio enorme da Santa Casa no meio e no fundo o Morro do Castelo.
santa casa

Próximo post sobre o Rio Antigo: A Igreja de Santa Luzia

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segunda-feira, 3 de março de 2008

o rio antigo no mundafora



Durante muitos anos fiz diversos passeios pelo Centro do Rio, inclusive trabalhei por lá. Com olhos no alto para admirar muito prédios antigos e com olhos nos livros para saber desde quando existiam, me surpreendi muitas vezes. Durante o mês de março, aproveitando as Comemorações dos 200 anos da Chegada da Família Real Portuguesa, vou mostrar onde está escondido o rio antigo no rio moderno.

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domingo, 2 de março de 2008

o mundo cruel

no country for old men
Como falar do filme "No country for old men" (prefiro o nome original) sem entrar em todos aqueles lugares comuns que já se falou sobre ele? Sim, o filme é bom, seco, cru, excelente (e eu reconheço mesmo não gostando deste tipo de filme). O Bardem está sensacional e nós adoramos o bandido impiedoso. Falar? Talvez seja melhor ficar calada.

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

tempo louco?

chuvas em setubal


Parecia tempestade de verão do Brasil, mas era mesmo chuva de fim de inverno, e muito forte por sinal. Vários pontos, principalmente da região Lisboa_Centro foram afectados pelo mau tempo desta segunda-feira. No algarve, o mau-tempo provocou o encerramento das barras. Será que vão finalmente notar que o tempo anda louco no mundo?

Foto: Rui J. Santos

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

berlim recebe tropa de elite

tropa de elite

O Festival de Berlim este ano namora com os grandes da música, como os Rolling Stones ou Madonna, sem abdicar da sua proverbial componente política. Os documentários estarão também em destaque na 58.ª edição da Berlinale, assim como o Brasil representando pelo filme sensação de 2007, "Tropa de Elite".

A 58º edição do Festival de Berlim abre este ano pela primeira vez na sua história com um filme sobre música, "Shine a Light", de Martin Scorsese, sobre os Rolling Stones, a exibir extra-concurso. Os quatro membros da «maior banda de rock-and-roll do mundo», Mick jagger, Keith Richards, Ron Wood, e Charlie Watts, estarão na capital alemã a 07 de Fevereiro, para apresentar o filme.

Além dos Stones, Madonna estará também em Berlim para apresentar o seu primeiro trabalho como realizadora, «Filth and Wisdom», na secção Panorama. Também nesta secção está Patti Smith, «a madrinha do Punk», que assistirá na capital alemã a estreia do filme de Steven Sebring, «Patti Smith: Dream of Life», sobre a história da sua carreira musical, antes de dar um concerto numa igreja berlinense. Outro ícone da música pop das últimas décadas, o canadiano Neil Young, estará também em Berlim para apresentar um filme sobre a sua mais recente digressão, «Freedom Speech».

O diretor do Festival de Berlim, Dieter Kosslick, disse que tanta atenção à música não ofuscará a essência do evento - a competição -, e afirmou ter "todos os componentes" para oferecer uma seleção do cinema atual, em todas as suas variantes. Kosslick escolheu o diretor grego Costa-Gavras para presidir o júri que escolherá os vencedores dos Ursos de Ouro e de Prata.

O diretor do lendário Z (1969) e os outros sete membros do júri definirão os vencedores entre 21 filmes, como o documentário S.O.P. Standard Operating Procedure, de Errol Morris, sobre as torturas a presos iraquianos na prisão de Abu Ghraib, e que é o primeiro filme do gênero a concorrer em Berlim.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=0jeTL9hC3Wg&rel=1]
O cinema de língua portuguesa estará representado na principal secção da Berlinale por Tropa de Elite, do brasileiro José Padilha, com Wagner Moura, Caio Junqueira e André Ramiro nos principais papéis. O filme sensação do cinema brasileiro do ano passado começa sua carreira internacional na cidade alemã.

Portugal,que desde «Glória», de Manuela Viegas, seleccionado em 1999 para a competição da Berlinale, tem passado discretamente por este festival, estará presente este ano na secção de curtas-metragens, com «Superfície», de Rui Xavier, e na secção Generation 14plus, sucedânea do Festival do Filme Infantil da Berlinale, com «João e o Cão», de André Marques.

Segundo Kosslick, a presença de Costa-Gavras não implica que o Urso de Ouro será concedido a um filme de cunho político, mas o diretor do festival deixou claro que o evento lançará seu foco em questões como as crianças-soldado e os meninos de rua.

Elegy, dirigido por Isabel Coixet e Lake Tahoe, do mexicano Fernando Eimbcke, também estão lutando pelos Ursos, sendo que este último foi considerado pelo diretor do festival como um expoente do cinema latino-americano "rompedor de padrões", assim como Tropa de Elite.

Além de S.O.P., Ballast, de Lance Hammer, Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson, e Gardens of the Night, de Damian Harris, são as outras produções americanas que fazem parte da mostra competitiva.

Entre os filmes europeus, estão os franceses I've Loved You So Long, de Philippe Claudel, com Kristin Scott Thomas; Julia, de Erick Zonca; e Lady Jane, de Robert Guédiguian, além da co-produção Reino Unido/Estados Unidos Happy-Go-Lucky, de Mike Leigh, e da italiana Caos calmo, de Antonello Grimaldi.

Ainda há o filme finlandês Black Ice, de Petri Kotwica, "um filme distante da imagem de finlandeses alcoolizados e deprimidos" do diretor Mika Kaurismäki, disse Kosslick. Já os anfitriões alemães terão dois candidatos, Heart of Fire, de Luigi Falorni, e Kirschblüten-Hanami, de Doris Dorrie.

Completam a lista o iraniano The Song of Sparrows, de Majid Majidi; Restless, do israelense Amos Kollek; Sparrow, do diretor de Hong Kong Johnnie To; o japonês Kabei - Our Mother, de Yoji Yamada; In Love We Trust, do chinês Wang Xiaoshuai; e o sul-coreano Night and Day, de Hong Sangsoo.

Boa parte do contingente de estrelas virá em filmes fora de concurso. Começando pelos Rolling Stones, na abertura do festival, até o encerramento, no dia 17, com Be Kind Rewind, de Michel Gondry, com Jack Black e Mia Farrow.

Scarlett Johansson estará acompanhada por Natalie Portman para apresentar The Other Boleyn Girl, de Justin Chadwick, enquanto ainda há dúvidas sobre a visita de Julia Roberts, à frente de Fireflies in the Garden, de Dennis Lee.

Ao todo, estarão 21 filmes de 19 países, incluindo 18 estreias mundiais, na corrida aos Ursos de Ouro e de Prata da Berlinale, a atribuir pelo júri presidido pelo realizador grego-francês Costa-Gavras, na gala marcada para 16 de Fevereiro.

Uma retrospectiva sobre Luis Bunuel, falecido em 1983, com a exibição dos 32 filmes do realizador espanhol, é outro dos pontos altos da Berlinale deste ano.

O caráter acentuadamente político deste festival, nascido na Berlim dividida pelo «Muro», ficará ainda patente num ciclo intitulado «War at Home», por ocasião do 40.º Aniversário do Congresso sobre a Guerra do Vietname, em Berlim.

Haverá também uma homenagem ao realizador italiano Francesco Rosi («Il Caso Mattei», «Cristo si è fermato a Eboli»), que receberá a 14 de Fevereiro um Urso sde Ouro pelo conjunto da sua obra, e filmes dedicados ao 60.º Aniversário da fundação do Estado de Israel.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

a grande maçã no seu corre-corre

nycity
Nova Iorque se apresentou num dia berrante de sol e na companhia de sete companhias quase histéricas. Eu mesmo posso dizer que estava histérica naquele dia. Sozinha, pelo menos literalmente, andei pela cidade quase como s´eu não fosse eu mesma, com um medo de tocar e de sentir que não era meu. Verdade seja dita, NY era uma das poucas cidades que tinha interesse em conhecer nos Estados Unidos. E posso dizer, que é a única que ainda vou revisitar. Foram cinco dias entre palestras e escapadas para ver A cidade. Não me decepcionou em momento nenhum. Para amantes de grandes aglomerações, grandes cidades, como eu, é the best.

Na cidade a melhor impressão talvez foi do Central Park, não apenas de tê-la visto tantas vezes no cinema, mas como fui a New York num workshop ultra-rápido, passei imenso tempo entre paredes. O Central Park ficava ali do lado do hotel, e entre nas paradas para um descanso aproveitava o sol escaldante que fazia para me refrescar entre sorvetes e pequenas caminhadas digestivas. O certo é que os nova-iorquinos se recuperaram do 11 de Setembro, e aceitaram a vulnerabilidade, sem deixar de lado o seu modo frenético, reinventando-se a cada segundo e saboreando os prazeres da sua cidade.

empire state buildingClaro que uma visita a Nova Iorque não podemos deixar de lado seus arranhas-céus, e eu, sem querer ver o Ground Zero, fui observar a cidade lá de cima no Empire State Building. Este edifício foi o mais alto da cidade durante muitos anos, com seus 102 andares. Hoje tem a vista e a aura mais romântica dos prédios de NY (quem não viu Sintonia do Amor com Meg Ryan e Tom Hanks). Confesso que diante da fila que tira qualquer romantismo de filme hollywoodiano para o chinelo, para matar o tempo resta conhecer gente do mundo inteiro.

Quem visita Nova Iorque tem que se acostumar com a sensação é de déjà vu. Por onde quer que andemos, tudo nos parece familiar, os táxis amarelos, os edifícios, as ruas, os edifícios... O certo é que já conhecemos quase ao pormenor alguns dos bairros, das cores, dos hábitos e dos movimentos da cidade, tantos foram os filmes aqui rodados. Um destes lugares é o Times Square, quando olhamos apesar desta sensação, o olhar automaticamente se dirige para cima em direção às luzes e aos cartazes coloridos que nos transporta para um filme de ficção científica. Edifícios altíssimos, cartazes e néons que iluminam a noite escura, várias músicas de fundo, uma sirene pelo meio...

central parkPara quem gosta de compras, a Quinta Avenida, ou se preferir, Fifth Avenue é um deles. Muito pouco original como sugestão de passeio, mas absolutamente obrigatória os consumistas. Foi aqui que o milionário William Henry Vanderbilt construiu a sua mansão em 1883, seguido por famílias poderosas como os Astor ou os Gould. E foi também aqui que casas como a Cartier e a lendária Tiffany, a Gucci, a Fendi, a Prada, os armazéns Sak's Fifth Avenue, o chiquérrimo Bergdorf Goodman e as mais populares (e baratas) Banana Republic e Gap estabeleceram os seus quartéis generais. E porque símbolos do poder não faltam na principal das avenidas, vai deparar-se com a cintilante Trump Tower, mandada construir pelo magnata Donald Trump nos anos 80 e com o Hotel Plaza, também ele um ícone do luxo ostentador.

brooklyn bridgePara quem gosta apenas por passear, as regiões de Manhattan são um paraíso para se conhecer, do esp+irito descontraído do Village, passando pelo chique Soho, entrando pelo Chinatown, a maior cidade chinesa no Ocidente, que esmaga a vizinha Little Italy e o bairro judeu de Lower East Side.

Não muito longe no South Sea Port District, avistamos Manhattan no seu esplendor, e a mais antiga e famosa ponte de NY (num total de dezesseis), a Brooklyn Bridge foi inaugurada em 1883. Aproveite para um passeio ao Brooklyn Promenade para a mais clássica fotografia de Manhattan.

Para correr, sem deixar de conhecer. Para andar e falar. Para escutar tantas línguas quanto as que há no mundo. Ou paenas para comprar, para ver e ser visto. NY, a cidade da agitação e da mudança frenética.

Estadia: Eu fui e gostei do West Side YMCA, Hostel (albergue) que fica na West 63 street, bem ao lado do Central Park, do Lincoln Center e o Museu de História Natural. Tem resturante, piscina interior e é ótimo para praticar esportes. O preço mais barato fica em 38 dólares, pelo quarto duplo (cada pessoa).

Para maiores informações sobre NY:
Leia a Rotas e Destinos de Dezembro de 2002.
Visite o site Nova York em português com informações, fotos e blogs.
Para se localizar nos Estados Unidos.

Blog sobre NY:
Caderno Vermelho: blog de Susana Sousa sobre NY.
Edu do Brooklyn: blog de Eduardo Graça sobre NY.

Se você tem um blog sobre Nova Iorque e quiser colocar seu link neste post, deixe um comentário.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

1979 - 2008


Overdose, suicídio ou homicídio? Parece irrelevante neste momento, certo é que a noite em Nova Iorque foi mais triste e que Hollywood perdeu um dos seus rebeldes.

O ator Heather Ledger ator de filmes como Brokeback Mountain, Casanova, Os Irmãos Grimm e o último Batman, com estréia prevista para este verão, foi encontrado morto no apartamento em que vivia em Manhattan, nos EUA. O corpo do australiano Heath Ledger vai passar por um exame de autópsia nesta quarta-feira, para confirmar se a causa da morte do ator foi mesmo overdose. A polícia passou a desconfiar depois de achar pílulas calmantes perto de sua cama. Ledger estava nu, no chão, ao pé da cama, quando a empregada entrou para acordá-lo: ele tinha hora marcada com uma massagista.


De acordo com o site “US magazine”, amigos de Ledger já previam que o fim do ator estava próximo. “É terrível, estou chocado, mas, para dizer a verdade, sabia que isso aconteceria”, disse ao site um amigo próximo de Ledger que não quis se identificar. “Heath enfrentava um caminho difícil na tentativa de ficar sóbrio”, afirmou outra fonte do site. “A situação estava negra, sua única alegria era Matilda”, disse, referindo-se à filha de dois anos do ator com a atriz Michelle Williams.

Já a família afirmou hoje que sua morte foi acidental. "Nós, a família de Heath, confirmamos a morte trágica acidental de nosso amado filho, irmão e carinhoso pai de Matilda", disse o pai do ator, Kim Ledger.

Para ver vídeo da Reuters:


Fontes:
Globo Online
G1
Reuters

Maiores informações:
WWTDD
TMZ, Aol

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

o vídeo clip



O novo clip da música "Jigsaw Falling Into Place" do mais recente álbum do Radiohead, para ver e/ou ouvir.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

para carioca e gringo visitarem


Está no site do New York Times uma crítica de um dos lugares mais charmosos de Santa Teresa, Rio de Janeiro: o Museu Chácara do Céu.

A casa de Santa Teresa, conhecida desde 1876 como Chácara do Céu, foi herdada por Castro Maya em 1936. A construção atual, projetada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, destaca-se pela modernidade das soluções arquitetônicas e por sua localização, que integra os jardins e permite magnífica vista de 360 graus sobre a cidade e a baía da Guanabara.

Com seu charmoso jardim e três andares cheio de arte e mobília, este museu parece a casa de alguém. E de facto, é. A moderna estrutura é a casa do industrial Raymundo Ottoni de Castro Maya, que é um ávido colecionador de arte brasileira, européia e asiática. Igualmente fascinante é sua impressiva biblioteca de livros em português antigo e títulos franceses.

A mansão de Raymundo Castro Maya construída em Santa Teresa só revela o eclético gosto do seu dono com suas porcelanas, pinturas e esculturas. A casa, ela mesma, é um charmo com sua estrutura que evoca o trabalho de Frank Lloyd Wright no oeste americano. A vista do jardim é fabuloso. E o museu tem aquele estilo aconchegante duma casa, muito rica, com suas pinturas impressionistas e seus vasos chineses.

Lembro dela em sessões de fotografia, a descoberta dos seus pequenos mistérios guardadas em slides. Quem estiver no Rio, o Museu Chácara do Céu fica na Rua Murtinho Nobre 93, em Santa Teresa. O preço da entrada é dois reais (0,85$) e crianças menores de doze anos não pagam.

Museu Chácara do Céu

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

o woody allen do ano


Não é Match Point, mas também não é o elo mais fraco do trio de filmes britânicos. "O sonho de Cassandra" fala do destino, da vida que leva, e é dramaticamente negro. Nada de excepcional, mas nada mal...

Ao contrário de "Match point" e "Scoop", onde personagens e actores americanos se integravam na narrativa, "O sonho de Cassandra" é um filme exclusivamente britânico na sua concepção, ancorando-se agora num mundo com bem menos glamour, o das classes trabalhadoras e do submundo.

A narrativa centra-se em dois irmãos, oriundos de uma família séria e com problemas financeiros permanentes, e que são levados para um mundo criminal, quando se cruzam com uma jovem que descobre o seu poder sobre o sexo oposto.

Podendo classificar-se na categoria dos filmes mais "sérios" de Woody Allen, "O sonho de Cassandra" encontra paralelos em outras obras do realizador e não perde o sentido de humor, sobretudo quando as personagens se vêem confrontadas com um mundo a que não pertencem. No fundo, Allen acaba por percorrer um caminho coerente na sua passagem por Inglaterra, acentuando nesta obra, mais do que qualquer efeito de slapstick, uma digressão moral que o homem por detrás do artista, já nos 70 anos, não pode deixar de equacionar.

Fonte: Jornal de Notícias

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

a encrenqueira do soul e voz de 2007


Amy Winehouse: a voz de 2007, sem dúvida, é a diva mais inesperada da nova soul. Destrói a candura das «girls-groups» dos anos 60 quando canta.

Os cabelos pretos, cheios de ondas vivas, passam longe do estilo louro-e-domesticado da maioria das cantoras jovens, e o visual é um mix original da moda anos 60 com os acessórios dourados dos rappers e dos "chavs" ingleses. Infelizmente, a cantora corporosa tem dado espaço a uma anoréxica, mas vamos falar então da voz e não dos problemas de amy winehouse.



As músicas revelam os traços de uma mulher geniosa, sincera, cool e divertida, capaz de rir da estupidez alheia e de suas próprias burradas, de confessar seus vícios e de contar como chorou largada no chão da cozinha por causa de um romance fracassado.

Depois de tudo isso, fica difícil não se apaixonar por Amy Winehouse. Se a descrição não for convincente, basta apertar o play em "Back to Black", segundo CD da cantora da mais recente safra de talentos britânicos, para reconhecer suas qualidades nada ordinárias.

Em Back to black, que tem apenas composições dela própria (algumas em parceria), Amy revisita o som de girl-groups como Martha Reeves & The Vandellas, Supremes e Shangri-Las (esse, com direito a agradecimento no encarte) em faixas como "Tears dry in their own" e no primeiro hit, "Rehab". Esta, por sinal, é barra pesada - a letra - cujo título, em bom português, é "reabilitação" - trata dos problemas da cantora com o álcool, já conhecidos publicamente ("eu e a bebida temos uma relação bem intensa, de amor e ódio", confessou ela com exclusividade para um jornal brasileiro, recentemente). Músicas como "You know I'm no good" e "Love is a losing game" poderiam ter saído da mão de um Otis Redding e estar no repertório de uma Aretha Franklin - o que não é motivo para ninguém sair endeusando a moça (como diz o ditado: notícias, sucessos pop, salsichas, mariola... se for consumir, melhor não ver como nada disso foi feito). Nas letras, Amy larga qualquer condição de musa soul que o mercado poderia lhe impor e vem com uma carga pesada - problemas existenciais, relacionamentos complicados, etc.

Quem quiser dar uma sacada no som de Amy antes de comprar ou baixar o CD, vale informar que ela tem um MySpace - oficial, com direito a endereço na contra-capa do disco e tudo. Fica em www.myspace.com/amywinehouse. Por sinal, resta saber qual lado vai aparecer cada vez mais na mídia, se o de cantora/compositora inspirada e belíssima fisicamente, ou o de encrenqueira bebum - os tablóides ingleses, que já andam em polvorosa por causa das doideiras de Britney Spears, já andam explorando as brigas de Amy com outras artistas e suas declarações sobre bebidas e drogas.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

e a potência brasileira nasceu...


"Naquela manhã quente, seu Barroso levantou cedinho. Próspero comerciante carioca, ele tinha de ir até o Valongo, na zona portuária, examinar mercadorias recém-chegadas.

Mandou um escravo enrolar as esteiras onde havia dormido, enquanto outro colocava uma tábua em cima de dois cavaletes e trazia as gamelas com o almoço. Entre um bocejo e outro, Barroso mergulhava os dedos na papa de farinha e feijão-preto. Terminou de comer, limpou as mãos na roupa de algodão e, antes de ir para a rua, deu uma chinelada na ratazana que tentava invadir sua casa.

O comerciante precisou aplicar um golpe de bengala para atravessar a esquina - um bando de urubus estava distraído demais para lhe dar passagem, banqueteando-se com um cachorro morto na véspera. Numa rua estreita, Barroso passou por seu barbeiro, o mulato Sebastião, e se deteve um instante.

Suas hemorróidas estavam de matar. Seria o caso de pedir ao velho homem uma rápida aplicação de sanguessugas? Talvez uma outra hora. Mais alguns minutos e Barroso finalmente chegou ao Valongo, onde trocou uma bela quantidade de carne-seca e couro curtido por alguns negros trazidos da África"*.


A cena fictícia acima descrita retrata muito bem o que era capital do Brasil no início do século XIX. Nada mais que uma cidade tosca onde nada havia. Mais graças ao baixinho do Napoleão Bonaparte, tudo mudou para o Brasil, já que este homenzinho resolveu acabar com o sossego dos português. Isso provocou a já ultra-mega-mencionada fuga do princíupe regente Dom João - que este ano faz dois centenários - e de todo o aparato estatal português para cá, entre o fim de 1807 e o começo de 1808, que deu os primeiros passos para acabar com esse marasmo e acabaria por colocar a colônia, sem querer, no caminho da independência. Mas esta é uma outra história.

* As Aventuras da História

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

dando um tempo para pensar...

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