lusofonia em destaque na galizia
A Lusofonia é o eixo central da 15ª edição da Feira de Artes Cénicas da Galiza, que entre 23 e 27 de Outubro leva ao público galego espectáculos de companhias de Portugal, Cabo Verde e Brasil.
A região espanhola da Galiza anda flertando já há algum tempo com a lusofonia, tanto que anunciou no último Congresso da Lusofonia no mês passado que quer participar nos acordos sobre a língua portuguesa, através de uma academia que será formalizada no próximo ano. Segundo Ângelo Cristóvão, secretário da Associação Amizade Portugal/Galiza, esta associação está envolvida no projecto de criação da Academia Galega da Língua Portuguesa. A apresentação do projecto da Academia Galega da Língua Portuguesa estará a cargo de três académicos galegos, um dos quais Martinho Antero Santalha, que deverá ser o primeiro presidente da nova academia – segundo a agência Lusa. O catedrático natural do Teixoso (Covilhã) é considerado pela organização um “vulto da língua portuguesa”.
Agora a Galizia vai prestigiar a lusofonia no certame, o conhecido festival de teatro e dança realizado na Galiza. O festival conta com as participações do grupo cabo-verdiano Raiz de Polon e da Companhia do Centro Cultural do Instituto Camões no Mindelo (Cabo Verde), com o espectáculo «Cloun Creolus Dei», uma co-produção com o Teatro Meridional (Portugal).
Participam ainda a Companhia Silvana Abreu, do Brasil, e a portuguesa Graça Ochoa/Circolando, com a peça infantil «A Galinha da Minha Vizinha», num programa conseguido com o apoio do Instituto Camões e do Ministério da Cultura.
Para os promotores do certame, a abertura à Lusofonia centra-se no reconhecimento de «todo o território de expressão portuguesa como o espaço natural mais próximo à Galiza, tanto cultural como geograficamente».
Além dos espectáculos, espera-se que a feira ajude a fomentar a circulação de espectáculos galegos nos palcos portugueses, a presença de agentes culturais lusos na Galiza e a aproximação ao público galego da oferta cénica portuguesa.
Além das quatro companhias lusófonas, a edição deste ano da feira conta com espectáculos de 21 companhias galegas.
A Academia Galesa de Língua Portuguesa
A Galiza, vale lembrar, já participou como convidada na discussão dos acordos ortográficos em 1986 e 1990, mas não de uma forma institucional. Na Galiza, região da Espanha onde fica Santiago de Compostela, por exemplo, 80% da população fala o galego, dialecto/língua que os pesquisadores defendem ter a mesma origem do português.
Nas relações entre Portugal e Espanha, o académico português Malaca Casteleiro defendeu que a língua portuguesa pode ser a solução para o diferendo com quase dois séculos entre os dois países pela disputa do território de Olivença. Malaca Casteleiro está convencido de que “politicamente Portugal não conseguirá trazer Olivença para o lado de cá e deve reconhecer a situação de facto de que está sob o domínio espanhol”. “Portugal devia era defender que tivessem dupla nacionalidade e disponibilizar o ensino da língua portuguesa no território”, defendeu. “É quase impossível continuar a batalhar por Olivença do ponto de vista político, mas é possível do ponto de vista cultural e da língua”, sustentou.
Fonte: Agência Lusa
1 comentários:
queiram visitar www.aglp.net para saberem mais acerca desta nossa futura Academia Galega da Língua Portuguesa
Mais info sobre a Galiza também em mdl-galiza.org e agal-gz.org
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