sábado, 20 de outubro de 2007

perdendo-se no tempo em parati


A nostalgia contaminou-me, as festas passadas em Parati lembra-me amizade, chuva, sorrisos e algumas pequenas dúvidas. Não com relação a cidade, belíssima.

Parati surgiu em meados do séc. XVI. O povoamento iniciou-se no Morro do Forte, onde foi construída uma capela dedicada a São Roque. Por volta de 1640 o povoado, em crescente desenvolvimento, transferiu-se para o local atual e, ao redor de 1660, o florescente povoado se separa da Vila de Angra dos Reis, elevando-se a categoria de Vila. Seu maior desenvolvimento urbano ocorreu nos séculos XVII e XVIII, no chamado "Ciclo do Ouro", com o estabelecimento do "Caminho do Ouro" que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo e Minas Gerais, no qual Parati exercia a função de entreposto regional. O Porto de Parati, na época, chegou a ser o segundo mais importante do Brasil, pela sua posição estratégica. Parati foi elevado a categoria de condado em 1813 e a de cidade em 1844. Depois da queda do ciclo do ouro, Parati ficou escondida entre o mar e a serra. Somente a partir de 1958, quando foi transformado em Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o município de Parati passa a experimentar um novo ciclo econômico baseado no turismo, resultante de uma vocação potencializada pelo conjunto paisagístico/arquitetônico da cidade, pelas áreas florestadas, pelas 65 ilhas da baía e mais de 300 praias da região.


O que sempre me apaixonou em Parati é a sensação de que há algo parado no tempo, como talvez nenhuma outra cidade no Brasil ou em Portugal tem. Não com relação ao ritmo de vida das pessoas, mas com relação a conservação da própria vila em si. Andar em suas ruas de calçadas difíceis, admirar a arquitetura dos prédios, as igrejas (são algumas só no centro histórico) exigem um calçado confortável sempre foi uma cura interna das incertezas próprias da escolha, como se andar pelas suas ruas também fizesse parar o tempo em si.

Gostar de Parati é fácil. Seja pela sua arquitectura, pelo mar, pelas ilhas, pelas montanhas, pela vegetação, motivos são muitos. Seu mar de águas verdes da vegetação reflectida convida a uma passeio de escuna pelas ilhas que salpicam toda a costa. Virando de costas para o mar, o turista se depara com outra paisagem não menos bonita: as montanhas de Parati. Com várias opções de trilhas, uma delas é a do antigo “Caminho do Ouro”, usado na época da colonização como rota para escoar a produção de ouro a Portugal. Também não vale perder as cachoeiras da região.


Para encerrar a noite, Parati oferece a mais típica bebida brasileira: a pinga. Feita em alambiques da região, de maneira artesanal, o aperitivo é encontrado em cachaçarias e em quase todos os bares e restaurantes do centro. E se o roteiro permitir, não deixe de visitar algum dos alambiques da cidade.

Fotos: Dulce Nascimento

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